Visitar um antigo palácio transformado em museu não é nada incomum quando o destino é a Europa. Em compensação, conhecer o lugar onde o monarca do país despacha já não é algo tão corriqueiro assim, como é o caso do Palácio de Bruxelas, na Bélgica.
Embora não seja mais a residência oficial da nobreza, o edifício é a sede administrativa da monarquia constitucional belga. No prédio, que fica ao sul do Parque de Bruxelas, há escritórios, alguns ministérios e salas de reuniões. Assim como acontece na Inglaterra, o rei belga é o chefe de Estado, enquanto o primeiro-ministro é o chefe de governo.
Situado na Cidade Alta, o Palácio de Bruxelas abre para visitação pública durante as férias de verão do rei, que acontecem entre os meses de julho e setembro. Com uma arquitetura deslumbrante e artefatos valiosos, o palácio é uma parada imperdível para quem visita o país.
Por dentro do Palácio de Bruxelas
Construído no século XIX por ordem do Rei Guilherme I dos Países Baixos, o Palácio de Bruxelas não é mais a morada oficial da família real desde 1831. Nesta época, a nobreza se realocou para o Palácio de Laeken, nos arredores da capital.
Após muitas reformas e modernizações, o espaço se tornou a sede administrativa da monarquia. É nele que o rei recebe representantes de instituições políticas, chefes de estado, embaixadores e outros convidados. Além de abrigar os escritórios do rei e da rainha, o prédio reúne o Gabinete do Rei, a Secretaria Geral, a Lista Civil, a Casa Militar e a Secretaria da Rainha.
As joias da monarquia belga
Se a imponente fachada do palácio já é por si só um espetáculo, o interior do edifício é um assombro. Os cômodos são verdadeiros tesouros da história belga.
Todo o palácio teve sua arquitetura planejada meticulosamente. A escadaria principal é um exemplo disso. Projetada por Alphonse Balat para o Rei Leopoldo II, ela conta com paredes claras, colunas de pedra e diferentes tons de mármore.
A Grande Antecâmara é a materialização da trajetória política belga. Construída após a Batalha de Waterloo, a sala é repleta de retratos da nobreza. Já a Empire Room, que funcionava como salão de baile do representante imperial austríaco, se caracteriza por seus adornos dourados e anjos dançantes esculpidos em relevo.
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Para os amantes de arte, não faltam atrativos. Além de uma série de pinturas e esculturas renomadas, a Escadaria de Veneza é uma obra à parte. Esse trecho é rodeado por imensas pinturas a óleo feitas por Jean-Baptiste van Moer. Neste sentido, a Sala Goya, que é cercada por tapeçarias tecidas à mão, também se destaca, assim como a Sala Coburg e seus diversos retratos da família real.
Mas se há um espaço de tirar o fôlego, é certamente a monumental Sala do Trono, que conta com madeiras exóticas, e lustres de bronze e esculturas em relevo. A Sala de Mármore, com suas pedras verdes e retratos da cavalaria, e a Grande Galeria, usada para abrigar jantares e recepções até os dias atuais, também enchem os olhos.
Outro ambiente que chama atenção é a Sala do Espelho, que abriga a obra Heaven of Delight no teto. A obra, feita pelo artista belga Jan Fabre em 2002 é composta por mais um milhão e meio de asas de besouros tailandeses. Nota: na Tailândia os besouros são abundantes e servidos em refeições, mas não sem antes descartarem as asas.
Qual a época ideal para visitar o palácio?
Desde 1965, o Palácio de Bruxelas permanece aberto ao público apenas durante as férias de verão de seus monarcas. Isso acontece entre o dia 21 de julho, quando é celebrado o Dia Nacional da Bélgica, e o início de setembro. O palácio está atualmente fechado ao público para reformas e não há data de reabertura.
Nesse período, os turistas e moradores podem visitar o prédio de terça a domingo, das 10h30 às 17h. A entrada é gratuita e, se o tempo estiver agradável, a recomendação é estender o passeio aos amplos jardins do Parque de Bruxelas.
Mais informações sobre as visitações e a programação podem ser encontradas no site oficial da monarquia belga.
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Fonte: viagemeturismo