Interlocutores da área diplomática do governo Lula identificaram riscos expressivos para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em caso de uma viagem aos Estados Unidos. Segundo fontes ouvidas pela revista Veja, estes riscos foram devidamente comunicados ao STF.
Membros do governo petista acreditam que o ministro poderia ser alvo de uma decisão extrema — o que inclui a possibilidade de prisão — por parte do governo de Donald Trump ou mesmo por apoiadores do empresário Elon Musk.
Esses grupos têm criticado publicamente as decisões de Moraes no STF. “Qualquer juiz federal pode mandar prendê-lo, se pisar lá”, alertou um auxiliar próximo ao presidente Lula. “Eles querem se vingar do Alexandre.”
O temor é que uma eventual prisão ou ação judicial contra Moraes nos EUA se torne um trunfo para a direita e cause um grande impacto midiático. “Seria uma grande vitória para o ‘bolsonarismo’ e o começo de um grande carnaval midiático”, completou a fonte, em reportagem publicada neste domingo, 9.
A preocupação reflete a tensão política entre os aliados do governo brasileiro e setores conservadores dos EUA, que amplificou suas críticas ao ministro do STF. Diante desse cenário, a recomendação é que Moraes evite viagens ao país, pelo menos até que sua situação melhore.
O documentário The Fake Judge, cuja produção é do jornalista português Sérgio Tavares, estreia em maio deste ano. The story of a nation in the hands of a psychopath (“A história de uma nação nas mãos de um psicopata”, em tradução livre) é o subtítulo do filme, que foca na figura de Alexandre de Moraes.
Tavares percorreu dez países — Brasil, EUA, Portugal, Argentina, Espanha, Reino Unido, Itália, Alemanha, Bélgica e Índia — para entrevistar personalidades. O filme reúne testemunhos de políticos, jornalistas, advogados e juristas, além de pessoas que se exilaram por medo de perseguição ou de prisão.
(PF) em fevereiro do ano passado, ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos para cobrir um ato político na Avenida Paulista. Os participantes do evento, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), protestavam contra os excessos cometidos pelo STF.
Todo em língua inglesa, o documentário é uma produção independente. A , Tavares conta que não recebeu patrocínio, apenas contribuições individuais de seguidores e de pessoas que acompanham seu trabalho.
O documentário reúne entrevistas exclusivas com diversas pessoas envolvidas no tema, desde políticos e jornalistas a participantes do 8 de janeiro. Entre elas, estão Jair Bolsonaro, os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marcel van Hattem (Novo-RS), e os jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.
Fonte: revistaoeste
