O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, a 3 meses das eleições presidenciais, intensificando a crise institucional no país.
Iohannis estava sob pressão devido a um plano dos partidos de direita de votar seu impeachment no Parlamento.
“Para evitar uma crise para a Romênia e seus cidadãos, deixarei o cargo”, afirmou Iohannis em discurso em Bucareste.
Com a saída de Iohannis, o presidente do Senado, Ilie Bolojan, do Partido Liberal, assumirá como presidente interino com poderes limitados até as eleições, marcadas para 4 e 18 de maio.
Crise política na Romênia
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A Romênia, que é membro da União Europeia e da Otan e faz fronteira com a Ucrânia, enfrenta uma crise política desde novembro do ano anterior.
Naquela ocasião, a corte suprema anulou a eleição presidencial depois de acusações de interferência russa, determinando que Iohannis permanecesse no cargo até a eleição de um sucessor.
Durante a votação anulada, o candidato de direita Calin Georgescu surpreendeu ao vencer o primeiro turno com 22% dos votos, apesar de pesquisas anteriores indicarem menos de 5% de apoio.
Ele defende o fim do apoio da Romênia à Ucrânia na guerra contra a Rússia e uma maior aproximação com Moscou.
Movimentação por impeachment
A Justiça decidiu suspender o pleito com base em um relatório confidencial dos serviços de segurança da Romênia, que apontou “ataques híbridos agressivos” da Rússia, comprometendo a integridade da votação.
Em janeiro, três partidos de direita, que controlam cerca de 35% das cadeiras do Parlamento, apresentaram uma moção para o impeachment de Iohannis.
Com a moção em votação, analistas sugeriram que alguns legisladores de partidos pró-europeus tradicionais poderiam apoiar o esforço de impeachment da direita, proporcionando a maioria necessária.
Fonte: revistaoeste