Os primeiros caças Mirage 2000 fornecidos pela França chegaram à Ucrânia nesta quinta-feira, 6, com o objetivo de reforçar a defesa contra a invasão russa. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa da França, Sébastien Lecornu.
A entrega aconteceu depois do anúncio feito em 6 de junho do ano passado pelo presidente Emmanuel Macron, marcando um avanço significativo no apoio militar francês ao país do Leste Europeu.
Lecornu não especificou a quantidade ou os modelos das aeronaves enviadas, mas a chegada dos caças representa uma surpresa positiva para o governo de Volodymyr Zelensky, que vinha solicitando mais apoio militar.
Ucrânia busca reforço aéreo significativo
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Assim como os caças F-16 dos Estados Unidos, que começaram a voar em agosto passado, os Mirage são uma adição valiosa, mas não suficientes para mudar o curso da guerra.
A França ainda possui 27 unidades ativas do Mirage 2000-5, além de outros modelos, que estão sendo substituídos pelos mais modernos Rafale.
O presidente Zelensky afirmou que precisa de 130 caças modernos para uma defesa eficaz. A promessa de entrega de F-16 contempla até 95 unidades, mas esse processo pode levar até quatro anos.
Tensões diplomáticas entre França e Rússia
A entrega dos caças aumentou as tensões entre Paris e Moscou. Nesta quinta-feira, o Kremlin expulsou o correspondente do jornal francês Le Monde, a primeira vez desde os anos 1950, em retaliação à negativa da França em conceder visto a um jornalista russo, intensificando o atrito diplomático.
Enquanto isso, a situação na Ucrânia permanece crítica. Um ataque massivo com drones russos causou blecautes em pelo menos oito regiões do país.
Além disso, o país estava em alerta para um possível ataque com o míssil balístico Orechnik, que acabou não se concretizando, sendo um alarme falso.
No leste do país, a Rússia continua a avançar. O Ministério da Defesa russo informou que as forças ucranianas tentaram lançar uma ofensiva a partir do saliente de Kursk, mas sem sucesso.
Enquanto aguardam as possíveis propostas de paz de Donald Trump, que prometeu novidades em uma conferência na Alemanha, as hostilidades entre russos e ucranianos continuam.
Fonte: revistaoeste