O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, não comparecerá à próxima reunião do G20 na África do Sul. Ele fez o anúncio em uma publicação no Twitter/X na noite de quarta-feira 5.
“A África do Sul está fazendo coisas muito ruins”, afirmou, ao justificar a ausência. Ele citou as políticas ligadas à agenda climática e de diversidade, equidade e inclusão, conhecidas como DEI.
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“A África do Sul está fazendo coisas muito ruins. Expropriando propriedade privada. Usando o G20 para promover ‘solidariedade, igualdade e sustentabilidade’. Em outras palavras: DEI e mudança climática”, escreveu. “Meu trabalho é promover os interesses nacionais dos Estados Unidos, não desperdiçar o dinheiro dos contribuintes nem promover o antiamericanismo.”
O país africano sediará uma reunião de ministros das Relações Exteriores do grupo de países do G20 entre 20 e 21 fevereiro, em Joanesburgo. O governo sul-africano tem a presidência do grupo de dezembro de 2024 a novembro de 2025.
A declaração de Rubio vai na mesma direção do que disse recentemente o presidente Donald Trump. No domingo 31, o republicano afirmou que o país “está confiscando terras” e anunciou que cortaria o financiamento ao país até que o assunto fosse investigado.
África do Sul nega expropriação de terras privadas; governo autorizou ‘desapropriação por interesse público’
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, do partido de esquerda Congresso Nacional Africano, negou “expropriação” e defendeu a política fundiária de seu país, que visa a “garantir acesso público equitativo à terra”.
“Não há desapropriação arbitrária de terras/propriedade privada. Esta lei é semelhante às leis de domínio eminente”, disse o Ministério das Relações Exteriores da África do Sul.
Segundo a Reuters, pessoas brancas são donas de três quartos das terras agrícolas na África do Sul e negros são proprietários de 4%. Para compensar essa desproporção, Ramaphosa sancionou uma lei que permite ao Estado desapropriar terras “no interesse público”.
No plano internacional, a África do Sul levou ao Tribunal Penal Internacional pela contraofensiva aos terroristas do Hamas em Gaza. Israel foi alvo do maior ataque terrorista de sua história em 7 de outubro de 2023.
Fonte: revistaoeste