Em 1995, o meio cinematográfico completou 100 anos e e apresentaram à mídia sua proposta de : o manifesto DOGMA 95. O objetivo era afastar-se da artificialidade e do sensacionalismo e avançar em direção à autenticidade.
Três anos depois, a dupla apresentou seus primeiros filmes seguindo os princípios DOGMA: com e , os cineastas criaram que ainda hoje valem a pena ver.
Uma celebração familiar se transforma em pesadelo
Em Festa de Família, Thomas Vinterberg realmente traz uma celebração familiar: Helge (), hoteleiro e chefe de família, completa 60 anos. Para comemorar, toda a família viaja para um hotel rural remoto.
Seu filho Michael (), que discute constantemente com sua esposa Mette (), aparece sem ser convidado. Sua filha Helene () traz consigo seu amigo negro Gbatokai (Gbatokai Dakinah). Como se a situação já não fosse explosiva o suficiente, o outro filho de Helge, Christian (), faz um brinde com graves acusações contra o pai.
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Só pelo assunto, Festa de Família já é um filme que acerta em cheio. Seu estilo cru, a falta de efeitos sonoros e a câmera portátil trêmula fazem o resto e contribuem consistentemente para o imediatismo.
Com poucos recursos, revela-se o que borbulha sob a superfície de uma família supostamente perfeita: conflitos, coisas não ditas e, por último mas não menos importante, abusos. A classe média encontra-se totalmente desconstruída, uma família destruída em seus fundamentos. O que na verdade nunca esteve intacto logo se despedaça.
Com o filme, Vinterberg se posicionou contra Hollywood, contra o mainstream, contra o mundo ideal que tantas vezes nos é retratado nos filmes, contra a hipocrisia e também contra a construção social da família e a imagem de perfeição que lhe está associada. É brutal, honesto e sempre relevante – e que dói, mas ainda precisa ser vista.
Festa de Família está na assinatura premium do Prime Video.
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Fonte: adorocinema
