O turismo tem das suas. A cada ano, uma nova tendência acaba ganhando as manchetes. Uma das mais recentes é o turismo do sono, focado em viajantes que podem pagar muito por noites de sossego em lugares remotos com altas doses de mordomia. Sim, porque a classe média sempre teve como mantra que “não se dorme em dólares”, cada segundo das férias é precioso e deve ser gasto em visitar o maior número possível de atrações (se possível acompanhado por uma quantidade equivalente de likes).
Uma reportagem recente da BBC trouxe alguns exemplos interessantes para quem quer e pode investir mais no sossego. O Hotel Cadogan, em Londres, tem agora um concierge do sono em associação com um hipnoterapeuta que criou um programa de meditação guiada para dormir. O Hotel Mandarin Oriental de Genebra, na Suíça, tem um serviço que avalia o padrão de sono do hóspede e cria um programa de sono personalizado com o auxílio de uma clínica particular. Na Tailândia, o resort Chiva-Som Hua Hin tem um naturopata que orienta o hóspede sobre o que pode afetar o ritmo circadiano, desde a alimentação até os hormônios. Já o Carillon, em Miami, usa tecnologias eletromagnéticas e infravermelho para induzir os hóspedes ao sono.
Mas em um mundo onde o overtourism vem sendo uma preocupação de cidades e governos pelo mundo, o turista comum também vem procurando lugares menos lotados, sem tanto frenesi e onde possam de fato ter noites de sono profundo e reparador. E nem é preciso gastar os tubos ou viajar para tão longe. Quer ver? Uma casa no Airbnb em um terreno mais isolado, pousadas e hotéis com acomodações distantes uma da outra, horários marcados em spas evitando assim esbarrar com outros hóspedes, pousadas que oferecem como opção servir o café da manhã na varanda do quarto evitando assim restaurantes ruidosos. Travesseiros aromáticos, blecautes que deixam o quarto escurinho e tampões de ouvido podem ser soluções baratas. O hóspede, claro, também precisa fazer a sua parte, de preferência fazendo um detox de telas. Quem consegue?
Fonte: viagemeturismo
