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Política

Abilio orienta vereadores a não se envolverem em narrativas e destaca: ‘todos estão juntos nessa travessia’

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Durante a sessão de inauguração da legislatura 2025/2028 da Câmara de Vereadores, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), comentou sobre as polêmicas do início de sua gestão, pedindo para que os parlamentares “não caiam em narrativas” a fim de que a relação harmônica entre o Executivo e o Legislativo seja mantida.

Ele relatou a queda de braço que teve com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso (CRM-MT) sobre o funcionamento das unidades de saúde.
Segundo Abilio, nenhuma pessoa morreu em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e afirmou que o Ministério da Saúde editou uma portaria orientando a população a procurar inicialmente uma UBS.
“Nenhuma ação nossa foi feita sem o conhecimento do Ministério Público. Estamos informando o Ministério Público e, inclusive, enviando cartas para garantir total acesso a qualquer informação do município. Então, que não caiam em narrativas”, pediu.
“Nenhuma pessoa morreu em Unidade Básica de Saúde em Cuiabá, isso é mentira. As pessoas buscaram uma UPA primeiro, depois uma unidade básica de saúde e, por fim, foram atendidas pelo HMC. O próprio Ministério da Saúde, o Governo Federal, apresentou uma propaganda orientando a população a buscar as unidades básicas de saúde. A portaria do SUS é uma regra do Ministério da Saúde”, complementou.
Ele também ressaltou que, em nenhum momento, anunciou que não forneceria alimentação para pessoas em situação de vulnerabilidade. “Sempre afirmamos que essas pessoas teriam um local apropriado para se alimentar e que a política de apenas levar marmitas às ruas não ajuda a retirá-las dessa condição”, disse.

Abilio comentou que, no primeiro mês de gestão, enfrentou muitas dificuldades, pois encontrou a prefeitura “desorganizada”. Como exemplo, citou a Secretaria de Educação, onde relatou que todos os formulários eram preenchidos à mão e, quando havia documentos digitalizados, estavam desorganizados e sem padronização na alimentação de dados.
“Um professor que se cadastrava na Secretaria de Educação preenchia um formulário à mão. Para encontrá-lo e decidir qual diretor assumiria, era necessário pegar uma caixa de papelão cheia de papéis e escolher os formulários manualmente. Quando havia um arquivo em Excel, ele não era virtual; cada máquina usava um arquivo separadamente, com números incertos”, destacou.
Ele relembrou a falta de contratos de manutenção e o atraso no pagamento de servidores, ressaltando que, ao assumir a prefeitura, encontrou salários de dezembro atrasados, além do um terço de férias, sendo necessário pagar duas a três folhas em um único mês.
Abilio também mencionou a dívida com empresas terceirizadas, que, segundo ele, estão sem receber desde outubro.
“Na saúde, a situação também é muito grave. Os contratos de prestação de serviço do HMC estão todos em risco de suspensão por falta de pagamento. Empresas de hemodinâmica e de imagem, por exemplo, não recebem desde outubro. Há notas de janeiro do ano passado e de dezembro de 2023 que foram puladas e ficaram em atraso, acumulando-se ao longo do tempo”, comentou.

Abilio ressaltou que não é possível resolver os problemas sozinho e, por isso, pediu o apoio dos vereadores. Ele destacou que torcer contra o prefeito é o mesmo que torcer para que “o comandante do barco afunde”.
“Faço minha parte, dou meu esforço, mas, se cada um de vocês não colaborar, não alcançaremos o resultado. A regra do jogo é a mesma: ou Cuiabá funciona, ou teremos uma cidade ineficiente para a população cuiabana”, ressaltou.

 

Fonte: Olhar Direto

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