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Descoberta de Tesouro de Moedas da Roma Antiga perto de Utreque: Detalhes e Curiosidades

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Dois arqueólogos amadores estavam brincando com um detector de metais na cidade de Bunnik, perto de Utreque, no centro dos Países Baixos – para os íntimos, na Holanda. O aparelho foi à loucura em um campo aberto. 30 centímetros abaixo do solo, os dois descobriram 44 moedas de ouro, ou estáter, e 360 moedas romanas.

Historiadores acreditam que as moedas datam da época em que os soldados romanos conquistaram a Grã-Bretanha, pois tinham marcas do Rei Cunobelino, líder do reino celta-belga, que reinou o sudeste britânico entre 5 e 40 d.C.

A análise das peças sugere que as moedas foram deliberadamente enterradas num poço raso e armazenadas numa bolsa de tecido ou couro. O local onde a cova foi cavada provavelmente era um canal de água impróprio tanto para habitação, quanto para a agricultura.

 A quantidade equivalia a 11 anos de salário de um soldado romano comum.

Algumas moedas de ouro parecem ter circulado após a morte de Cunobelino, por seus sucessores. Por isso, os historiadores envolvidos na pesquisa dos metais sugerem que elas não foram selecionadas com base na qualidade, peso ou teor do ouro, e sim retiradas de circulação em um único evento: a conquista da Grã-Bretanha, por Aulo Pláucio (43-47 d.C.). 

Cláudio ordenou a invasão feita por Aulo, que ouviu as ordens e movimentou quatro legiões um exército extra de 20 mil homens para a conquista da ilha. Antes da tomada romana, a Grã-Bretanha consistia em reinos separados, mas, com a chegada dos romanos, os soldados estenderam gradualmente o seu controle sobre grande parte da atual Inglaterra, País de Gales e na Escócia – em tentativas de unificação. Eventualmente, eles estabeleceram uma nova província romana, a Britânia, que fez parte do império até o início do século 5 d.C.

Nessa época, era comum que os soldados romanos ganhassem recompensas monetárias depois de uma campanha militar bem sucedida, o presentinho se chamava donativo (do latim, donativum). 

De acordo com o Museu Nacional Holandês de Antiguidades em Leiden, onde as moedas estão expostas, dentre as moedas romanas, 72 são áureos de ouro, uma moeda de alto valor, e 288 são denários de prata. A variação é grande, com alguns áureos estimados dos anos 200 a.C a 47 d.C., e as mais recentes traziam o retrato do imperador Cláudio. Além disso, as moedas de prata retratavam Júlio César e uma delas apresentava Juba, rei da Numídia, atual Argélia. As moedas de ouro faziam parte da bolsa britânica.  

O local em que as moedas foram encontradas, em Bunnik, era uma rota estratégica para os romanos que iam em direção à ilha. O que é uma surpresa é que, aparentemente, a cidade era um local o qual os soldados passavam em seu retorno ao continente. 

Para o jornal inglês The Guardian, Anton Cruysheer, da Fundação de Paisagem e Patrimônio de Utreque, disse que “Esta é a primeira vez que são encontradas evidências físicas do retorno das tropas. Aparentemente eles voltaram com todo tipo de coisas. Essa é uma informação nova.”

Fonte: abril

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo