Chegou aos cinemas nesta semana um dos longas mais tocantes da temporada de premiações: . Marcando a estreia de como diretor de longas-metragens, o projeto parte de um esforço triplo do realizador, já que ele assume o roteiro e também estrela a trama ao lado do brilhante .
O filme acompanha David (Eisenberg) e Benji (Culkin), dois primos com personalidades completamente diferentes e incompatíveis que se juntam para uma viagem pela Polônia para homenagear sua amada avó. A aventura sofre uma reviravolta quando antigas tensões dessa estranha dupla ressurgem, tendo como pano de fundo a história de sua família.
Explorando temas universais como herança cultural, aceitação e relacionamentos familiares, A Verdadeira Dor também mostra o processo de luto e como as pessoas reagem e buscam superá-lo de diferentes maneiras.
A Verdadeira Dor transforma história pessoal em trama universal
Indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante (Culkin), A Verdadeira Dor apresenta um recorte muito específico: mergulha na jornada de uma família a partir da relação entre dois primos que se reúnem para conhecer as origens da avó falecida em uma viagem pela Polônia.
Estabelecido o contexto, logo percebe-se que a narrativa é demarcada pela herança do Holocausto sob a perspectiva das novas gerações e, embora tenha questões muito específicas, consegue ser relacionável com uma ampla audiência. Em entrevista ao AdoroCinema, Jesse Eisenberg explica como utilizou uma história pessoal para tocar uma audiência diversificada.
“O filme é pessoal porque fala sobre a história da minha família. Nós até filmamos na casa em que minha família morou até 1939 na Polônia”, explica. “É ainda mais pessoal na forma como eu falo sobre meus relacionamentos com outros homens. No filme falo sobre como quando estou perto de pessoas que são como o personagem de Kieran, carismáticas, confortáveis consigo mesmas e extrovertidas, o quanto isso me faz sentir pequeno e estúpida, como um fracassado. “
Depois de abrir o coração, o ator definiu seu sentimento durante a produção de A Verdadeira Dor. “Estava fazendo um filme que fosse muito específico para minha família, mas minha esperança era que parecesse específico para a família de todos”, revela. “Há um personagem no filme que é um sobrevivente do genocídio de Ruanda. Ele é baseado no meu amigo que sobreviveu ao genocídio do país e depois se converteu ao judaísmo. E quando falo com meu amigo que cresceu na África e sobreviveu a um genocídio, sinto que temos muito em comum.”
Ele continua: “Estava realmente esperando que esse filme pudesse falar com outras culturas. Ouvi isso muito agora do público, ‘estamos voltando para a Irlanda este ano porque meu irmão e eu vimos seu filme’ e ‘vamos voltar para o Haiti para ver de onde nossa família é ou [voltar ao] Japão’. Isso é realmente emocionante de ouvir.”
Rumo ao Oscar, ao BAFTA e ao Critics Choice Awards 2025
Vencedor do Satellite Awards, Chicago Film Critics Association Awards e Los Angeles Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Roteiro Original – e atualmente na disputa do BAFTA, Oscar, Critics Choice Awards e muitas outras honrarias, Jesse ficou impressionado com o alcance de A Verdadeira Dor. Até o momento, o longa conquistou 46 vitórias e 96 indicações.
“Estou feliz! Eu realmente não imaginava que eu ganharia prêmios por esse filme”, comentou ele empolgado. “É um filme muito pessoal. Eu o escrevi em e-mails porque não queria escrever em um software de roteiro, já que não queria sentir que era um filme de verdade. Eu queria que parecesse pessoal. Ter sido indicado ao Oscar é realmente muito estranho e inesperado.”
A Verdadeira Dor está em cartaz nos cinemas brasileiros.
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Fonte: adorocinema