O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 31, que vai impor tarifas à União Europeia (UE). Assim, o bloco passa a integrar uma lista que já tem como destinatários . A medida, segundo analistas de oposição, pode levar o governo norte-americano a um cenário de instabilidade na relação com os seus principais parceiros comerciais.
O republicano admitiu que a revisão nos tributos pode ser motivo de tensão no mercado. Ele destacou, no entanto, que algumas mudanças na política tarifária facilitariam o caminho para o país neutralizar os seus déficits comerciais. .
Em meio ao plano de colocar em prática a partir deste sábado, 1º, a taxação de 25% sobre alguns produtos procedentes de Canadá e México, Trump sobe o tom quanto à ideia de incluir no pacote a UE, que, segundo ele, teria tratado os EUA “muito mal”.
“Vou impor tarifas à União Europeia? Absolutamente”, disse o presidente. “Eles não aceitam nossos carros, não aceitam nossos produtos agrícolas, essencialmente, não aceitam quase nada. Temos um déficit tremendo com a União Europeia. Então faremos algo muito substancial.”
Os comentários do presidente, feitos pouco mais de dez dias depois de reassumir o comando da Casa Branca, reforçam a hipótese de uma guinada mais rigorosa dos norte-americanos na direção de um política tarifária mais radical, principalmente com as nações com as quais, por tradição, mantém maior fluxo de transações.
As importações de bens da UE, Canadá, México e China foram de US$ 1,9 trilhão em 2023. O valor, segundo do banco de dados Trade Data Monitor, corresponde a quase 60% do total negociado entre os mercados de importação e exportação.
Trump acrescentou que poderá estabelecer tarifas sobre chips e “coisas associadas a chips”. Do mesmo modo, referiu-se a itens de grande fluxo e importância como petróleo, gás, cobre e produtos farmacêuticos. Já em fevereiro, avisou, não estão descartadas novas tarifas sobre commodities como aço e alumínio, a exemplo do que pode ocorrer com o petróleo.
Fonte: revistaoeste