As obras do BRT iniciaram em 2024 e cronograma inicial previa a conclusão dos trabalhos agora em 2025. Contudo, em entrevista à Rádio Centro América nesta terça, Padeiro revelou que a pasta analisa um novo cronograma apresentado pelo consórcio BRT, mas não divulgou o prazo de conclusão solicitado pela empresa. Ele reafirmou que quer a conclusão das obras em 2026.
“Nós estamos conversando com o consórcio e fazendo toda uma análise de projeto e solicitação que foram feitas para ver se a gente aceita um novo cronograma que eles estão apresentado. Em cima desse novo cronograma é que nós vamos ver o prazo final de conclusão da obra. Mas nós queremos, é intenção do governo ter a obra concluída em 2026”.
A Sinfra e até o governador do Estado têm subido o tom nas críticas ao consórcio por conta do atraso nas obras. Recentemente, a Sinfra emitiu uma nota oficial em resposta às alegações do Consórcio Construtor BRT sobre os atrasos nas obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande.
A pasta rebateu as justificativas apresentadas pelo consórcio e atribuiu a responsabilidade pelos atrasos à própria empresa.
Na ocasião, a secretaria informou que desde o início do contrato, o consórcio foi notificado 50 vezes sobre assuntos relacionados às obras. Ainda de acordo com a Sinfra, o contrato firmado com o consórcio, atribui à empresa a responsabilidade por todo o detalhamento da obra, incluindo soluções técnicas e questões levantadas como o posicionamento de portas de estações, realização de drenagem na Avenida da Prainha e melhorias em viadutos.
Segundo Padeiro, as obras do BRT em Cuiabá têm enfrentado uma série de transtornos que não ocorreram, por exemplo, em Várzea Grande. Na cidade industrial, afirma Padeiro, ainda há obras a serem realizadas, mas atualmente elas são de menor intervenção.
Neste momento, em Cuiabá, as obras se concentram na Avenida do CPA, o que tem acarretado em um grande impacto na fluidez no trânsito da Capital.
“Quando o conselheiro Sérgio Ricardo deu uma liminar liberando toda a obra da cidade de Cuiabá, nada impediria o consórcio de atuar diretamente. Várzea Grande até hoje temos calçada pra terminar, algumas coisas de sinalização, drenagem, e lá nunca tivemos problemas”, disse, completando que “toda vez que o consórcio não cumprir o cronograma físico financeiro, ele será notificado”.
“Foi uma licitação em regime diferenciado de contratação integrada, quando as pessoas têm que fazer o projeto e entregar a obra. Nós temos que apertar o consórcio. Foi ele quem veio aqui, participou da licitação, fez as propostas, assinou o contrato e recebeu a ordem de serviço. Agora ele tem que nos entregar a obra”, explicou.
Fonte: Olhar Direto