Sophia @princesinhamt
Tecnologia

Trabalhadores Digitais Autônomos na Era da Inteligência Artificial: Uma Revolução em Curso

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Neste segundo dos três artigos que trarei nesta coluna sobre a palestra do Jensen Huang, CEO da NVIDIA, na abertura do Consumer Electronics Show 2025, quero falar sobre uma tendência tecnológica “forte” para 2025 que são os agentes de IA: APIs que tornam possível realizar (quase) tudo com a ajuda da inteligência artificial.
APIs é a sigla para Application Programming Interfaces, ou Interface de Programação de Aplicações, em português. Huang defende que elas (ou os agentes de IA, como falei) são o próximo grande salto na evolução da força de trabalho.
Na palestra, ficou evidente que a inteligência artificial está entrando em uma nova fase. No primeiro artigo, falei sobre como NVIDIA construiu sua trajetória para se tornar um dos principais players da IA. Agora, quero compartilhar este ponto, essa tendência tecnológica forte para 2025 que são os agentes de IA, o que Huang descreveu como trabalhadores digitais autônomos capazes de realizar tarefas complexas em nome dos humanos.
A IA autônoma refere-se a sistemas projetados para exibir tomada de decisões independente e comportamento direcionado a objetivos. Esses sistemas conseguem compreender metas complexas, dividir tarefas em etapas menores, tomar decisões e executar ações com mínima intervenção humana. Diferente das aplicações tradicionais de IA, os agentes autônomos operam de forma independente, adaptando-se a mudanças e escolhendo ações para alcançar objetivos, mesmo em ambientes dinâmicos ou incertos. E é exatamente nessa frente que a NVIDIA quer se posicionar como líder.
Durante a apresentação, Huang deixou claro que os agentes de IA não são apenas ferramentas, mas verdadeiros colaboradores digitais que podem ser treinados para desempenhar funções específicas. Assim como novos funcionários em uma empresa, esses agentes precisam de treinamento e adaptação, permitindo que sejam aplicados em tarefas que, muitas vezes, são demoradas ou complexas demais para os humanos. Isso já está sendo utilizado em setores como atendimento ao cliente, gestão de processos internos e até mesmo na produção de conteúdo criativo, uma área na qual a IA recebe uma ideia inicial e é capaz de desenvolvê-la até o resultado final.
Um ponto interessante levantado por Huang foi a transformação dos departamentos de TI. Segundo ele, as áreas de tecnologia dentro das empresas vão se tornar, em breve, o “departamento de RH dos agentes de IA”. Ele destacou que, no futuro, a função da TI será recrutar, treinar e gerenciar esses trabalhadores digitais, garantindo que estejam alinhados com as necessidades da empresa e em constante evolução. Assim como hoje gerenciamos talentos humanos, será necessário criar estratégias para treinar, monitorar e garantir a eficiência desses agentes de IA dentro das operações corporativas.
A NVIDIA está investindo em APIs e plataformas que tornam essa realidade possível, mas Huang ressaltou que essa tecnologia não apenas reduz custos, mas também libera os humanos para se concentrarem em tarefas mais estratégicas e criativas.
Outro ponto interessante abordado por Huang foi como os agentes de IA estão se tornando essenciais para lidar com grandes volumes de dados e informações em tempo real. Seja na análise de tendências de mercado, no suporte a decisões ou na automação de processos logísticos, esses sistemas estão elevando a capacidade das empresas de responder rapidamente às mudanças e oportunidades.
Com o avanço da IA autônoma, empresas de todos os setores terão a oportunidade de criar novos modelos de negócios e repensar suas operações. Essa evolução nos convida a refletir sobre o papel da tecnologia no ambiente de trabalho e a enxergar a IA não apenas como uma ferramenta, mas como uma aliada poderosa na busca por eficiência e inovação.
No próximo artigo, vou abordar a IA física, explorando como a NVIDIA está conectando a inteligência artificial ao mundo real por meio de robôs, simulações e gêmeos digitais, transformando setores como manufatura e mobilidade.
A jornada da IA está apenas começando – e os agentes digitais autônomos são um passo essencial nessa transformação.

Fonte: gazzconecta

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo