A defesa de Jair Bolsonaro criticou o vazamento da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Por meio de uma nota divulgada neste domingo, 26, os advogados Celso Vilardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser disseram que, embora não tenham acesso à íntegra da delação, há “vazamentos seletivos” que prejudicam o trabalho deles.
Os depoimentos de Mauro Cid, que abordam os supostos planos golpistas, estão sob sigilo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do (STF). Recentemente, partes de um depoimento foram divulgadas pela imprensa. O trecho menciona mais de 20 pessoas.
Os advogados criticaram as “investigações semissecretas”, uma vez que ao mesmo tempo que a defesa não tem acesso ao conteúdo total das investigações, trechos são vazados para a imprensa.
Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
A delação de Cid menciona Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal e filho do ex-presidente, e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, como parte de um suposto grupo radical próximo ao ex-chefe do Executivo. O senador Jorge Seif (PL-SC), também citado, refutou as acusações e as classificou como “falaciosas, absurdas e mentirosas”.
“Jamais ouvi, abordei ou insinuei nada sobre o suposto golpe com o presidente da República nem com quaisquer dos citados na delação vazada”, disse Seif.
O senador criticou ainda a inclusão de seu nome, ao dizer que o depoimento vazado não contém relatos específicos de sua participação.
Fonte: revistaoeste
