Os indicados ao foram anunciados hoje (23) e algumas nomeações em especial nos surpreenderam. Ver indicado a Melhor Filme, esnobada em sua performance de e nem sequer sendo considerado na categoria de Melhor Trilha Sonora foi chocante. No entanto, esses, apesar de impressionantes, não foram os acontecimentos que me saltaram os olhos no momento do anúncio.
Entre todas as categorias, a de Melhor Ator me trouxe uma grata surpresa quando vi na lista, recebendo a primeira indicação ao Oscar de sua carreira. Conhecido como o Soldado Invernal do , o astro tem um currículo diversificado e está sempre engatando trabalhos que nos façam lembrar que ele é bem mais que um personagem de filmes de boneco.
Sebastian Stan, que tem títulos como , e no currículo, foi indicado ao prêmio por sua performance em , no qual ele interpreta — atual presidente dos Estados Unidos.
O longa-metragem é ambientado entre os anos 70 e 80 e acompanha a ascensão de Donald Trump no mercado imobiliário. O que começa com o desejo que transformar Nova York em uma cidade gloriosa, se torna uma obsessão para que ele próprio se torne o assunto principal entre a alta burguesia estadunidense.
Para isso, ele conta com a ajuda de Roy Cohn (interpretado por , também indicado ao Oscar por esse papel), um impiedoso advogado cujas regras principais são: atacar, negar todas as acusações e nunca aceitar a derrota.
Interpretar uma figura tão polêmica, odiada e odiosa, fez com que o ator fosse visto como uma influência ruim para a imagem de todos os talentos que participaram do Actors On Actors da Variety nessa temporada. De acordo com Sebastian Stan (via People), todos os assessores de imprensa de talentos como , , e se recusaram a deixar seus clientes participarem do programa com ele.
“Eles estavam com muito medo de ir e falar sobre esse filme, então eu não pude fazer isso. E não importa, tudo bem. Não é para apontar o dedo para ninguém — eu tenho que fazer muitas coisas ótimas”, contou Stan.
Scythia Films
Já em outra ocasião, em entrevista recente ao podcast Awards Circuit, também da Variety, Sebastian Stan afirmou que a recusa de seus colegas “foi decepcionante”. “Lembro que tive uma experiência incrível com Jennifer Aniston quando fizemos Pam & Tommy, e eu amo Actors on Actors. É uma oportunidade de aprender sobre o processo de outra pessoa, e se você olhar para as performances deste ano, sinto que tenho muitas perguntas para as pessoas.”
No auge das eleições norte-americanas, em que Donald Trump e Kamala Harris disputavam a presidência, o filme foi atacado pelo então candidato, que afirmava que O Aprendiz foi lançado com o objetivo de “minar” sua candidatura e “sensacionalizar mentiras já desmascaradas” sobre ele.
O retrato de Donald Trump por Sebastian Stan de fato não foi nada lisonjeiro e o astro mostrou a força de sua atuação a ponto de sua pessoa física desaparecer no filme — eu falo mais disso na , durante o Festival do Rio 2024. De qualquer forma, com toda essa reviravolta, a indicação foi tão merecida quanto surpreendente.
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Fonte: adorocinema
