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Política

Incra ES se pronuncia sobre polêmica envolvendo caso Bettim

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Em 6 de janeiro, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Espírito Santo se pronunciou sobre o caso da família Bettim, de São Mateus (ES), que corre o risco de ser despejada da própria fazenda em decorrência do processo de desapropriação movido pelo órgão.

Desde junho de 2024, cobre o caso com exclusividade. Em uma publicação compartilhada nas redes sociais da entidade, o Incra repete a alegação de que a propriedade da família é improdutiva e alega que as notícias sobre o despejo possuem “forte viés político”.

O órgão também classificou a repercussão como “fake news sobre a política nacional de reforma agrária”. No fim da nota, o Incra afirma que as “calúnias” contra o órgão e seus servidores levarão à responsabilização de quem “criar e divulgar informações falsas”.

Conforme mostrou na Edição 252, a propriedade da família Bettim não é improdutiva. Atualmente, a fazenda mantém 100 mil pés de café e 5 mil pés de pimenta-do-reino, além de plantações de mandioca e cultivo de árvores frutíferas.

Em seus 700 hectares, também há cerca de 500 cabeças de vacas leiteiras e áreas de pastagem.

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A família Bettim e o deputado estadual Lucas Polese (PL-ES) | Foto: Reprodução
O fim de ano angustiante da família expulsa da própria fazenda pelo Incra de Lula
Viviane Bravim Bettim junto ao marido, Ernande, e os dois filhos | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
A Fazenda Florestas e Texas, em São Mateus (ES) | Foto: Reprodução/Acervo pessoal
Na Fazenda Floresta & Texas, a família Bettim também cria gado | Foto: Reprodução/Acervo pessoal
A preocupação com um futuro incerto assombra o fim de ano dos Bettim, cuja casa e única fonte de renda está sendo arrancada pelo atual governo
Fazenda Floresta e Texas tem cerca de 100 mil pés de café, mas Incra alega que a terra é improdutiva | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Incra tenta desapropriar a fazenda da família Bettim há 15 anos
Incra contra a família Bettim: Hervídeo Bettim, atual proprietário da fazenda, com um dos netos | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Incra tenta desapropriar a fazenda de família do ES há 15 anos
Dos 16 moradores da fazenda dos Bettim, são três crianças e sete idosos | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Apoio à família com risco de ser expulsa da própria fazenda reúne mais de 400 pessoas em São Mateus (ES)
Vista aérea da Fazenda Floresta e Texas, propriedade da Família Bettim, durante o evento | Foto: Luan Fabem/Fabem Imagens Aéreas

Desejada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que tem um assentamento ao lado do território dos Bettim, a fazenda é o sustento de toda a família, incluindo idosos e crianças.

“A produção agrícola e a pecuária é a nossa única fonte de renda”, diz Viviane Bravim Bettim, que se preocupa, sobretudo, com o futuro ao lado do marido, Ernande, e do casal de filhos. Outras 12 pessoas da família vivem — e trabalham — na propriedade.

penha lopes e mst
A Petista Penha Lopes Sorridente Ao Lado De Um Militante Do Mst. Com Lula Na Presidência, Ela Virou Superintendente Do Incra No Espírito Santo | Foto: Reprodução/Instagram/@Penhalopessantos

Das 30 divisões regionais do Incra, mais de 20 são controladas por apoiadores do grupo invasor. É o caso do Espírito Santo. Desde abril de 2023, a superintendente local do Incra é Maria da Penha Lopes dos Santos. Ela tem fortes laços com o MST.

Penha Lopes, como é conhecida, é mais um caso que reforça a simbiose entre PT e MST. Ela é petista de carteirinha. Antes de assumir a superintendência capixaba do Incra, trabalhou durante quatro anos como secretária parlamentar do deputado federal Helder Salomão (PT-ES).

penha lopes e lula de papelão
Penha Lopes ‘Fez O L’ Ao Posar Para Tirar Foto Ao Lado Do ‘Lula De Papelão’ | Foto: Reprodução/Instagram/@Penhalopessantos

Além disso, foi candidata a vereadora em Cariacica, cidade da Região Metropolitana de Vitória, em 2008. Com menos de 600 votos, não conseguiu se eleger.

Logo depois de assumir o comando do Incra no Espírito Santo, Penha Lopes registrou o interesse de “assentar 250 famílias” no Estado. Neste mês, ela reclamou da demora no desfecho do processo contra a família Bettim, e classificou como fake news os conteúdos que mostram que a Fazenda Floresta & Texas é produtiva.

Fonte: revistaoeste

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