O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na terça-feira 21 que apoiaria a compra do TikTok pelo empresário Elon Musk, CEO da Tesla e proprietário do Twitter/X. A ByteDance, proprietária chinesa do aplicativo, negou a existência de negociações para a aquisição do TikTok por Musk.
A declaração ocorre depois de preocupações de segurança que levaram ao banimento temporário do aplicativo no país. O TikTok, popular por seus vídeos curtos, foi autorizado a retomar suas operações depois de um decreto presidencial.
Trump, em coletiva de imprensa, declarou: “Eu estaria [aberto] se ele quisesse comprar”, mencionando Musk como potencial comprador. O presidente também relatou que se encontrou com “os grandes proprietários [do TikTok]” e sugeriu que “seria interessante se alguém comprasse e entregasse metade para os Estados Unidos”.
O aplicativo, utilizado por cerca de 170 milhões de norte-americanos, foi removido das lojas de aplicativos no domingo 19, devido a uma lei que exigia que a ByteDance, sua proprietária chinesa, vendesse suas operações nos EUA sob pena de banimento definitivo.
As autoridades dos EUA temem que dados dos usuários possam ser compartilhados com o governo chinês, alegações que a ByteDance nega. A proprietária do TikTok afirma que os dados estão em servidores gerenciados pela empresa de gerenciamento Oracle.
Em abril, o então presidente Joe Biden sancionou uma lei bipartidária exigindo a venda das operações da ByteDance no país, motivada por suspeitas de espionagem. A empresa contesta a lei, alegando que infringe a 1ª Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão.
Trump se posicionou contra o banimento do TikTok
Trump, o atual presidente, posiciona-se contra o banimento e, em 27 de dezembro, pediu à Suprema Corte que suspendesse o prazo, buscando uma “resolução política” para a questão. Ele expressou preocupações sobre os riscos de censura governamental nas redes sociais.
Em resposta, Trump emitiu um decreto na segunda-feira 20, suspendendo o banimento do TikTok por 75 dias.
Este período permite que a empresa resolva pendências legais e se alinhe às normas de segurança nacional dos EUA. Durante este tempo, o Departamento de Justiça está impedido de tomar ações legais contra a ByteDance.
O decreto destaca que o adiamento é necessário para avaliar, com “chefes de departamentos relevantes”, a melhor solução para garantir a segurança do país enquanto se preserva a operação da plataforma.
“Com cerca de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, o TikTok é uma ferramenta importante para comunicação e entretenimento. Nosso objetivo é encontrar um equilíbrio entre a segurança nacional e a continuidade da plataforma”, afirmou Trump.
Em comunicado divulgado depois do decreto de Trump, o TikTok informou estar “em processo de restauração do serviço” em colaboração com seus provedores.
A plataforma agradeceu a Trump por oferecer “clareza e garantia” aos provedores de que não enfrentariam penalidades ao permitir o acesso de mais de 170 milhões de norte-americanos e apoiar cerca de 7 milhões de pequenas empresas.
@tiktok Our response to the Supreme Court decision.
Depois do anúncio, muitos usuários relataram que conseguiram acessar o aplicativo normalmente. O TikTok havia sido removido de lojas de aplicativos, como a Play Store e a App Store.
Trump propôs que os EUA adquirissem 50% da propriedade do TikTok por meio de uma joint-venture com a ByteDance ou novos investidores. Segundo o presidente, o objetivo da ação é garantir a segurança nacional.
Fonte: revistaoeste