O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) explicou por que não participou da cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, , que ocorreu nesta segunda-feira, 20.
Em nota, o parlamentar afirmou que ficou de fora “por uma questão protocolar”. No momento da posse, os termômetros em Washington registravam -2 ºC. Por causa do frio, o local da posse foi transferido para a Rotunda do Capitólio.
“Apenas parlamentares desacompanhados de seus cônjuges, a família Trump, alguns ministros, CEOs de empresas estratégicas e chefes de Estado mais próximos puderam participar”, explicou Eduardo Bolsonaro. “Todos os demais convidados, incluindo o presidente do Paraguai e presidentes de partidos europeus, foram direcionados ao Capital One Arena, local escolhido por Trump para assinar seus primeiros decretos como presidente e discursar ao público.”
O deputado ainda disse que, se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tivesse ido à solenidade, teria acesso ao Capitólio, pois seria tratado como chefe de Estado.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não autorizou a devolução do passaporte de Bolsonaro. Por esse motivo, o ex-presidente não pôde viajar. O magistrado alegou “risco de fuga”, em razão das declarações de Bolsonaro sobre um possível asilo no exterior.
Apesar de não participar presencialmente da cerimônia de posse, Eduardo e Michelle Bolsonaro estiveram em um jantar à luz de velas, onde Trump discursou ao lado de autoridades do governo.
Leia na íntegra a nota de Eduardo Bolsonaro:
Apesar de Jair Bolsonaro ter sido o único ex-chefe de Estado estrangeiro convidado para a posse de Donald Trump, alguns ainda tentam insinuar que Trump desrespeita Bolsonaro ou até mesmo o Brasil. Em razão da transferência da cerimônia para a Rotunda do Capitólio, apenas parlamentares desacompanhados de seus cônjuges, a família Trump, alguns ministros, CEOs de empresas estratégicas e chefes de Estado mais próximos puderam participar. Todos os demais convidados, incluindo o presidente do Paraguai e presidentes de partidos europeus, foram direcionados ao Capital One Arena, local escolhido por Trump para assinar seus primeiros decretos como presidente e discursar ao público. Como todos sabem, é comum ocorrerem atrasos em datas agitadas como a de hoje – tanto que Trump só chegou à Capital One Arena às 17h, duas horas depois do previsto. Ontem, estive no Capital One Arena sob intensa neve para acompanhar um comício de Trump. Havia um extenso cordão de isolamento nos locais centrais, permitindo acesso apenas a pé. Essas medidas de segurança tornavam inviável deslocar-se entre a Arena e o hotel, e depois comparecer ao Starlight Ball, evento que contará com a presença do Presidente Trump e para o qual eu, minha esposa Heloísa e Michelle fomos convidados. O cerimonial do Presidente Donald Trump deixou claro que, caso tivesse vindo, Jair Bolsonaro teria um lugar reservado na Rotunda do Capitólio, ao lado de Javier Milei e Giorgia Meloni, pois receberia tratamento de Chefe de Estado. Entretanto, como ele foi impedido de vir, por uma questão protocolar, eu e Michelle fomos direcionados ao Capital One Arena e aos demais eventos, como o Liberty Ball e o Starlight Ball, ao qual compareceremos agora à noite por ser o mais restrito dos dois e nos garantir acesso ao Presidente Trump e seus colaboradores mais próximos. Muitos brasileiros precisam superar o complexo de inferioridade. Por anos, o Brasil foi relegado à irrelevância pela diplomacia da maior potência mundial. Mas, graças ao trabalho que realizamos entre 2019 e 2022, Trump hoje nos concedeu um lugar de destaque, o que deveria ser motivo de comemoração e orgulho para todos que desejam o bem do Brasil.
Fonte: revistaoeste