O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um recado claro ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro dia de mandato, na segunda-feira 20.
Enquanto assinava os primeiros decretos de seu governo, Trump foi questionado sobre a relação com o Brasil e respondeu: “[A relação é] ótima, ótima. Eles precisam de nós muito mais do que precisamos deles. Nós não precisamos deles, eles precisam de nós. Todo mundo precisa de nós.”
Crítico de Trump, Lula não foi convidado para a posse do republicano. O convite foi enviado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não pôde comparecer ao evento, porque não teve seu passaporte devolvido, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Com a posse, o petista fez um comunicado oficial sobre o novo presidente norte-americano. Ele desejou um “mandato exitoso” a Trump. “Em nome do governo brasileiro, cumprimento o presidente Donald Trump pela sua posse”, disse Lula. “As relações entre o Brasil e os EUA são marcadas por uma trajetória de cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica.”
Na mesma entrevista coletiva na qual mandou o recado a Lula, Donald Trump também falou sobre o Brics, bloco de países antiamericanos liderados pela China do qual o Brasil faz parte.
“Acho que os Brics estavam tentando prejudicar os Estados Unidos”, afirmou durante a entrevista na Casa Branca, logo depois da posse. “Se fizerem isso, não ficarão felizes com o que vai acontecer.”
O republicano voltou a prometer taxação de 100% sobre produtos do Brics nos EUA, caso tentem adotar outra moeda e tirar o dólar do comércio internacional.
O Brics era composto originalmente de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2023, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos se juntaram formalmente ao grupo. Na ocasião, a entrada da Arábia Saudita também foi aprovada, mas o país não aceitou oficialmente o convite.
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Em 17 de janeiro, o Brics acrescentou mais sete países: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Fonte: revistaoeste