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A Era de Ouro da América com Trump: Início de uma Nova Era

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Os Estados Unidos entram, a partir de hoje, em sua Era de Ouro. É o que prometeu o novo presidente, o republicano Donald Trump, durante a cerimônia de sua posse no cargo nesta segunda-feira, 20. Por causa do frio intenso em Washington, o evento ocorreu dentro do Capitólio, embora a tradição preconize sua realização ao ar livre.

Em discurso, Trump defendeu que sua prioridade será criar uma nação que tenha orgulho, prosperidade e liberdade e prometeu “restaurar a integridade, competência e lealdade do governo norte-americano”.

“Vamos avançar com um propósito e com velocidade para trazer de volta a esperança, prosperidade, segurança e paz aos cidadãos de toda raça, religião, cor e credo”, declarou o novo presidente dos EUA.

Trump ainda agradeceu ao apoio e ao voto das comunidades afroamericana e hispânica em sua candidatura. Por isso, prometeu acabar com a política de “tentar colocar raça e gênero em todos os aspectos da vida pública e privada”.

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Trump de olho na imigração ilegal

Em ofensiva contra a imigração ilegal, Trump anunciou situação de emergência nacional na fronteira com o México. Como exemplo, o republicano desativou o app governamental que facilitava a imigração na fronteira dos Estados Unidos com o país hispânico.

O novo presidente dos EUA também anunciou que, a partir de agora, os cartéis de drogas serão considerados organizações terroristas. A lista contará com gangues locais e quadrilhas internacionais, o que pode incluir o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Trump prometeu “taxar outros países para enriquecer nossos cidadãos”, o que sugere uma política tarifária internacional inspirada na presidência do também republicano Ronald Reagan.

O novo presidente disse que todos os nomeados para seu secretariado trabalharão para reduzir a inflação recorde nos Estados Unidos, que atingiu níveis alarmantes durante o mandato de Joe Biden.

Para frear o aumento de preços em geração de energia, Trump anunciou estado de emergência no setor e prometeu perfurar mais poços de petróleo. A declaração fez cair o preço do barril, dada a expectativa por maior oferta no mercado.

A guerra tarifária

Ainda na pauta econômica, Trump prometeu tornar o setor automobilístico norte-americano mais competitivo. O setor é dominado pela China, Japão, Coreia do Sul e países da Europa, como Alemanha, França e Itália.

A China também foi citada por Trump ao falar sobre o . Segundo o republicano, o país opera o equipamento e supertarifa injustamente as embarcações dos Estados Unidos. Para ele, o país norte-americano deve recuperar o canal.

No âmbito militar, Trump disse que vai construir “o exército mais forte do mundo” e revelou que seu objetivo é terminar as guerras atuais e evitar novos confrontos, o que classificou como mais importante do que ganhar batalhas. Ele também vai readmitir todos os militares demitidos por terem rejeitado a vacina contra a covid-19.

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A censura governamental terá fim com Trump e a liberdade de expressão deve retornar. “O poder do Estado não será mais usado para perseguir oponentes políticos”, disse o novo presidente norte-americano.

A representação simbólica também está na mira do presidente eleito. Trump mudará o nome do Golfo do México para Golfo da América e o monte Denali para Monte McKinley, em memória ao ex-presidente William McKinley.

A pauta ambiental também ganhou a atenção de Trump, que prometeu tirar o país do Acordo de Paris, tratado internacional sobre mudanças climáticas. O presidente ainda decretou o fim do apoio governamental a ONGs e associações ambientalistas.

Empresários da tecnologia com Trump

Em alinhamento a Elon Musk, CEO da SpaceX, Trump prometeu lançar tripulantes para Marte ainda durante seu mandato. Em discurso horas depois, Musk imaginou “astronautas norte-americanos fincando a bandeira em outro planeta pela primeira vez”.

será secretário do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, onde terá por objetivo cortar gastos do governo do país. Quando adquiriu a plataforma Twitter/X, Musk demitiu 80% dos funcionários antigos.

Destacou-se a presença de CEOs de grandes empresas de tecnologia, como o próprio Musk; Tim Cook, da Apple; Mark Zuckerberg, da Meta; Jeff Bezos, da Amazon; e Sundar Pichai, da Google. Figuras-chave na nova economia internacional, muitos deles foram opositores de Trump em seu primeiro mandato.

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Elon Musk E O Presidente Eleito Dos Estados Unidos, Donald Trump | Foto: Reuters/Brandon Bell

Trump encerrou seu discurso com um tom esperançoso. “Somos norte-americanos, o futuro é nosso e a era de ouro acaba de começar”, bradou junto ao vice-presidente eleito, J. D. Vance, senador pelo Ohio.

O momento cultural se deu com o tenor novaiorquino Christopher Macchio, que cantou o hino dos Estados Unidos da América, e com Carrie Underwood, uma das principais artistas da música country contemporânea.

Milei e Meloni marcam presença

Presentes no evento, Biden e Kamala abaixaram a cabeça enquanto Trump criticava os sistemas de saúde e educação do país. Além deles, também participaram da cerimônia Bill Clinton e sua mulher, Hillary, além de Barack Obama e George W. Bush.

Estiveram presentes os representantes internacionais Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália; Javier Milei, presidente da Argentina; e André Ventura, líder do partido de direita português Chega. Os nove ministros da Suprema Corte dos Estados Unidos também marcaram presença.

Trump e Milei
Donald Trump E Javier Milei Se Encontraram Em Fevereiro De 2024 | Foto: Divulgação/Presidência Da Argentina

Impedido de sair do Brasil por Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro assistiu à posse de Trump pela televisão. Sua mulher, Michelle, e seu filho, Eduardo, não puderam entrar no Capitólio e acompanharam o evento no instituto de direita Heritage Foundation, localizado em Washington.

Em postagem no Twitter/X, Luiz Inácio Lula da Silva desejou a Trump “um mandato exitoso” que contribua para “um mundo mais justo e pacífico”. Em novembro de 2024, no entanto, o petista sugeriu que uma possível vitória de Trump nos EUA seria “nazismo com outra cara”.

Chamou a atenção o protagonismo de líderes cristãos na cerimônia. Discursaram, oraram e pregaram o arcebispo de Nova York, dom Timothy Dolan; o pastor Franklin Graham, filho do famoso evangelista Billy Graham; o rabino Ari Berman; o pastor evangélico Lorenzo Sewell; o pastor adventista Barry Black; e o padre católico Frank Mann.

Em discurso informal, logo depois do oficial, Trump reiterou seu desejo de ampliar o muro entre os Estados Unidos e o México e contestou o resultado das eleições de 2020, quando foi derrotado por Joe Biden.

O republicano também deve trazer a público os gastos do governo dos Estados Unidos na guerra da Ucrânia, dados pouco transparentes sob Biden. Ele também pretende encerrar os problemas jurídicos da plataforma chinesa TikTok, bloqueada nos EUA desde domingo, 19.

Fonte: revistaoeste

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