Conflitos intensos entre guerrilheiros da Colômbia se prolongaram pelo quarto dia neste domingo, 19, na fronteira com a . Esses confrontos resultaram em ao menos 80 mortes. Além disso, 11 mil pessoas foram deslocadas. Centenas de cidadãos buscaram refúgio no país vizinho. As operações militares tentavam conter os grupos armados.
O governador do departamento de Santander, William Villamizar, informou que o saldo foi trágico. Além dos mortos, já foram contabilizados mais de 20 feridos. Rebeldes do ELN (Exército de Libertação Nacional) enfrentaram dissidentes das antigas .
Esses dissidentes haviam recusado o acordo de paz assinado em 2016. Segundo Iris Marín, chefe da Defensoria Pública, Catatumbo enfrenta uma das mais graves crises humanitárias de sua história.
“Há ataques indistintos a combatentes e civis acusados de colaborar com um grupo ou outro”, disse Iris Marín.
Presidente da Colômbia suspendeu negociações com o ELN
O presidente determinou a suspensão das negociações de paz com o ELN na sexta-feira 17. Na mesma região, ocorreram cinco grandes confrontos. Outros incidentes envolveram pistoleiros do ELN. Segundo o general Luis Emilio Cardozo, eles usaram listas para perseguir alvos. Civis aterrorizados buscaram refúgio na Venezuela. Muitos atravessaram o Rio Tarra em barcaças improvisadas.
Outros deslocados se abrigaram em Tibú e Cúcuta. O Exército colombiano buscava proteger essas localidades. Mais de 5 mil soldados foram mobilizados para reforçar a segurança.
A violência também se espalhou para outras regiões. No norte do país, o ELN enfrentou o Clã do Golfo, principal cartel de drogas. O confronto resultou em nove mortes. Em Catatumbo, escolas foram convertidas em abrigos. As aulas foram interrompidas.
Apesar dos esforços, a região segue como símbolo do conflito armado colombiano. Em seis décadas, esse conflito deixou mais de 9,5 milhões de vítimas. A maioria delas foi deslocada.
Fonte: revistaoeste
