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Política

Zema critica indefinição de Bolsonaro que atrasa trabalho crucial pós-eleição

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Disposto a concorrer à Presidência em 2026, o governador de , Romeu Zema (Novo), afirma que espera da direita por uma possível reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode atrapalhar uma candidatura do campo político.

“Essa indefinição sobre ele [Bolsonaro] ser ou não candidato, com toda certeza, acaba postergando essa decisão e o trabalho que já poderia estar acontecendo”, diz Zema.

Em ao jornal O Globo, o governador que está à disposição para disputar o Planalto.

“Tenho feito reuniões regulares com governadores de direita”, afirmou. “O grupo está de acordo que, caso Bolsonaro tenha condição de disputar, ele é o candidato mais viável. Caso não tenha, tentaremos encontrar um outro nome. Eu posso, sim, ser considerado viável e vir a ser escolhido.”

Perguntado pelo jornalista do jornal O Globo se considerou justo o indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal, Zema se disse favorável “a toda investigação”.

“Se há suspeita, que seja investigado”, declarou. “Quem não deve, não teme. Sou favorável à democracia, nunca apoiaria nenhum golpe e se alguém fez algo errado, que se explique. Eu não sou jurista, não sou formado em Direito. Sou formado em Administração. Não tive acesso aos autos, mas se há indícios fortes, que seja investigado.”

O governador afirmou que em muitos momentos ele e o partido Novo trabalharam em conjunto com o PL. No entanto, em alguns casos, a estratégia não funcionou.

“Vamos pegar aqui o caso da minha eleição em 2022”, disse. “Conversei com Bolsonaro para caminharmos juntos aqui em Minas, mas infelizmente não deu certo. Ele lançou o senador Carlos Viana e isso poderia ter me custado a eleição em primeiro turno.”

Na sequência, o jornalista perguntou a opinião de Zema sobre outros nomes cotados para concorrer ao Planalto, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Ratinho Jr (PSD).

“Tarcísio teria, na minha opinião, toda a condição, mas tem dito que quer ser candidato à reeleição”, afirmou. “Me dou muito bem com Caiado e Ratinho. Da mesma maneira que eu, estão concluindo seu segundo mandato, são bem avaliados e representam bem a direita. São ótimos nomes.”

No entanto, o governador sinaliza que não aceitaria ser vice na chapa de nenhum deles.

“Pela minha experiência, sempre fui executor”, declara. “Não tenho perfil de Parlamento, para deputado ou senador. Para estar no Executivo, tenho. Se for para ser alguém atuante, quero. Agora, para ter cargo simbólico, eu deixo para outro, não me interessa. Para ser rainha da Inglaterra, tem gente de sobra querendo.”

Apesar da proximidade com Bolsonaro, Zema parece desconhecer uma das medidas criadas pelo ex-presidente durante a pandemia, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). “O que que é Perse?”, questiona ao jornalista, que explica o projeto ao governador.

Na sequência, Zema responde: “Como alguém que já administrou uma empresa no setor de varejo de móveis com 470 lojas, posso dizer que não sou favorável a nenhuma bolsa-empresa”.

“A competição faz todo mundo dar o melhor de si”, acrescenta. “Sou totalmente contrário a qualquer tipo de incentivo que seja para dar privilégio e enriquecer determinado setor.”

Fonte: revistaoeste

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