Com uma reforma ministerial à vista, o PSD tem articulado internamente formas de ampliar sua influência na Esplanada.
De olho nas eleições de 2026, o partido comandado por Gilberto Kassab quer trocar a, sob o comando do deputado federal licenciado André de Paula, por uma pasta mais relevante.
Atualmente, a sigla ocupa três ministérios: Pesca, (com Carlos Fávaro) e (com Alexandre Silveira). Os deputados federais da legenda avaliam que as lideranças do Senado são mais favorecidas, pois ficaram com as pastas mais relevantes. Para corrigir tal “injustiça”, querem que a Agricultura fique com um deputado do partido.
O plano, no entanto, tem gerado tensões internas. Isso porque a bancada do Senado não quer perder cargos de relevância. A ideia é colocar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em um cargo no primeiro escalão, depois da eleição para a Mesa Diretora, que acontecerá em fevereiro.
A complexidade dessas negociações tem feito o governo sinalizar que uma reforma mais ampla só deve acontecer após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Antes disso, apenas trocas pontuais estão previstas, segundo o ministro da Casa-Civil, Rui Costa.
O movimento do PSD pela Agricultura, porém, já pôs nomes da bancada na Câmara na disputa pelo cargo. Entre os cotados estão Antonio Brito (PSD-BA), Hugo Leal (PSD-RJ) e Pedro Paulo (PSD-RJ). Os dois últimos contam com o apoio do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), figura estratégica para alianças futuras com o partido em 2026.
Há críticas à condução de Alexandre Silveira nas Minas e Energia, apontado como distante dos deputados e falho no cumprimento de acordos. Apesar disso, Silveira e Fávaro têm boa avaliação dentro do Planalto, o que pode complicar as articulações da bancada do PSD na Câmara.
Fonte: revistaoeste