O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou hoje a demissão de 11 mil pessoas, o que corresponde a 13% do total de funcionários da empresa que é proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp.
Essa é a maior baixa no efetivo da companhia desde a sua fundação, em 2004. “Hoje estou compartilhando uma das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta”, afirmou Zuckerberg, em comunicado.
“Sei que isso é duro para todos e sinto muito, especialmente por aqueles que serão afetados.”
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No Brasil, funcionários receberam por email a informação de que foram demitidos. A notificação chegou momentos após o comunicado oficial emitido pela empresa sobre a decisão tomada no mundo inteiro.
“Decidimos remover o acesso da maioria dos sistemas da Meta para as pessoas que estão saindo hoje, dada a quantidade de informação sensível. Mas vamos manter os e-mails ativos por hoje para que todos possam dizer adeus”, afirmou Zuckerberg.
O CEO disse também que novas contratações vão continuar congeladas ao longo do primeiro trimestre de 2023 e que novas medidas para cortar gastos serão anunciadas.
As ações da Meta caíram mais de 70% neste ano, após o Facebook reportar a primeira queda em usuários ativos diários em 18 anos, um reflexo da queda de popularidade da rede social entre os mais jovens, que estão migrando para o TikTok.
A empresa apontou o cenário econômico como principal fator, mas os investidores também ficaram cautelosos diante dos gastos da companhia e ameaças ao principal negócio do grupo, as redes sociais.
Mudanças na política da Apple envolvendo a coleta de dados de usuários para segmentar anúncios impactaram o lucro da Meta, cuja receita vem muito de publicidade. Na prática, a dona do iPhone passou a exigir que apps peçam permissão para rastrear os internautas. Se a pessoa não quiser, é só informar que suas informações não podem ser usadas.
Investimento no Metaverso
Em outubro do ano passado, a empresa trocou o nome de Facebook para Meta e investiu bilhões de dólares na criação de um metaverso — um mundo virtual que usa realidade aumentada, em que as pessoas poderiam trabalhar, socializar e jogar. A tecnologia, no entanto, ainda não decolou, e há dúvidas se algum dia irá.
O colunista do UOL José Roberto de Toledo disse que a demissão pode sinalizar uma crise profunda das grandes empresas de tecnologia. “Claro que não é só a Meta que tem sofrido com isso, mas, nessa proporção, ninguém tinha visto ainda uma crise dessa indústria das big techs”, disse.
As demissões e outras medidas de contenção de gastos agradaram investidores, e a ação da companhia subia 3,88% no pré-mercado das bolsas de Nova York, às 08h31 (de Brasília).
Fonte: midianews.com.br