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Ciência & Saúde

Descubra: Gato pré-histórico do tamanho da sua mão viveu há 300 mil anos!

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A caverna Hualong, na China, guarda fósseis de hominídeos que viveram até 300 mil anos atrás. Evidências fósseis de outros animais também já foram encontradas no local, inclusive de espécies como pandas gigantes. Agora, pesquisadores chineses encontraram parte da mandíbula de um gato extinto, tão pequeno que poderia ter deitado para tirar um cochilo na palma da sua mão.

A nova espécie, Prionailurus kurteni, foi descrita em um estudo publicado no fim do ano passado na revista Annales Zoologici Fennici. Os pesquisadores acreditam que o mini felino pode ter vivido há 300 mil anos – e possivelmente ser o menor gato já encontrado. Estima-se que os animais tinham cerca de 50 centímetros de comprimento.

Atualmente, as menores espécies vivas de gatos selvagens são o gato-bravo-de-patas-negras (Felis nigripes) e o gato-ferrugem (Prionailurus rubiginosus). O primeiro tem entre 35 e 52 centímetros de comprimento, mas não se engane pelo tamanho e a carinha fofa: é um dos felinos mais mortíferos do mundo. 

Gato da espécie Felis nigripes.
Com entre 35 e 52 centímetros de comprimento, o gato-bravo-de-patas-negras é um dos menores do mundo, mas também um dos predadores mais agressivos entre os felinos. (Mark Newman/Getty Images)

Já o gato-ferrugem tem entre 35 e 48 centímetros e é do mesmo gênero da nova espécie, os Prionailurus. É como se ele fosse o primo mais próximo do Prionailurus kurteni, espécie que acabou de ser descoberta. Essa família de felinos é nativa do sul da Ásia e ainda tem quatro espécies vivas.

De modo geral, são pequenos e se diferenciam do gênero Felis (dos gatos domésticos, por exemplo) por terem caudas mais fartas e curtas. Os focinhos também são mais curtos e os olhos, maiores. São animais típicos de florestas, capazes de nadar bem e predar espécies aquáticas.

Gato da espécie Prionailurus rubiginosus phillipsi
O gato-ferrugem, o primo mais próximo da espécie recém-descoberta, é também um dos menores gatos do mundo. (wrangel/Getty Images)

Florestas não são locais favoráveis para a preservação de fósseis, já que a matéria orgânica se degrada rapidamente. Por isso, existem poucos fósseis de felinos Prionailurus, embora a análise genética mostre que eles já existem há cerca de 6 milhões de anos. 

“Os gatos são elementos comuns no depósito de cavernas do Quaternário [período geológico que vai de 2,58 milhões de anos atrás até hoje]. Entretanto, encontrar um gato tão pequeno é uma surpresa”, disse Qigao Jiangzuo, pesquisador do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências, ao portal Live Science.

O animal pode ter entrado na caverna em busca de predar pequenos mamíferos e roedores que também viviam lá. Não se sabe o que causou sua morte, mas sabe-se que o ambiente da caverna foi muito propício para preservar seus restos mortais por milhares de anos.

Na verdade, só um pequeno pedaço do corpo do gato sobreviveu ao tempo: a nova espécie foi descoberta com base em um fragmento da mandíbula inferior com dois dentes completos. A peça tem cerca de três centímetros. A análise morfológica e genética permite identificar semelhanças e diferenças em relação às outras espécies da família.

“A nova espécie revela pela primeira vez a diversidade do passado desse gênero”, disse Jianghuo ao Live Science. Os pesquisadores planejam utilizar as descobertas para investigar as origens de todos os gatos. “Planejamos fazer um levantamento sistemático dos fósseis de gatos na China e em todo o mundo, que não foram bem estudados no passado. Esperamos rastrear as origens e a diversidade passada da família dos gatos.”

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Fonte: abril

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