“A Procuradoria, sendo provocada, vai se manifestar expressamente por escrito acerca disso. Claro que o mandato se findou, mas existem outros efeitos da condenação que podem, caso ele seja condenado, ele pode ser responsabilizado. Por exemplo, a inelegibilidade”, declarou em coletiva de imprensa na tarde de terça-feira (7).
Paulo Henrique foi preso em setembro de 2024 e responde na Justiça por favorecer, através de um esquema de corrupção junto a fiscais do município, a lavagem de dinheiro do crime organizado com a realização de eventos e compras de casas noturnas na Capital. O envolvimento com o crime foi primeiramente revelado com a deflagração da ‘Operação Ragnatela’, em junho do ano passado, que já apontava a influência do parlamentar, assim como a participação de ex-servidores do Legislativo municipal na organização.
A comissão processante contra Paulo Henrique na Câmara, além de ter sido instituída tardiamente, foi somente concluída no início de dezembro, com parecer pela cassação. Todavia, até lá o então presidente da Casa, vereador Chico 2000 (PL), não havia concordado com o rito adotado pela comissão e impediu que o parecer fosse votado em plenário.
O ex-vereador está, atualmente, monitorado por tornozeleira eletrônica, aguardando julgamento.
Eustáquio foi conduzido ao cargo de procurador-geral pela presidente do parlamento, Paula Calil (PL). Em sua trajetória, o jurista conta com passagens como juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), entre 2022 e 2024. Durante o biênio, ele também atuou como vice-diretor da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-MT).
Fonte: leiagora