Da Redação
Deputados estaduais que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa apresentam na tarde desta quarta-feira (09), o relatório final do trabalho minucioso que começou em 2019.
A CPI prorrogada após paralisação devido a pandemia de covid-19. Durante o período de trabalho, os deputados realizaram audiência, ouviram representantes da concessionária de energia elétrica, membros do Procon, Instituto de Pesos e Medidas de Mato Grosso (Ipem MT) e Polícia Civil.
Presidida pelo deputado Elizeu Nascimento (PL), os trabalhos foram feitos de forma imparcial, buscando apenas a verdade sobre os trabalhos prestados pela Energisa em Mato Grosso. Elizeu em uma das oportunidades, foi obrigado a realizar uma audiência pública a luz de velas em Porto Espiridião, pois, o município ficou praticamente o dia todo sem luz.
“A Energisa pratica um desrespeito com o consumidor. Não podemos mais aceitar que essa empresa continue aqui no estado. Se possível, vamos pedir o destrato dela. Em 2019 fui obrigado a realizar uma audiência pública a luz de velas na cidade de Porto Esperidião e lá foi um dos locais que presenciamos a falta responsabilidade da empresa com a população mato-grossense”, falou o deputado.
Elizeu tem cobrado constantemente uma solução para que a energia de Mato Grosso que é uma das mais caras do país, tenha serviço de qualidade e respeito ao cidadão. O relator da CPI, é o deputado Carlos Avallone (PSDB).
Avallone concluiu o relatório e apresentará com base em todas as oitivas.
“Existe um contrato que tem o número de atendimentos e atende no geral. Existe uma média aceitável, mas em algumas regiões dá uma direção monstruosa. Em Rondolândia ficou 187 horas durante um ano, e o máximo que pode é 20 horas”, disse Avallone.
Elizeu afirmou que a CPI apurou investigações sigilosas envolvendo, desde a questão de abuso na cobrança de faturas de energia, à má prestação de serviço, além de baixo efetivo de servidores da empresa e também abusos referentes aos medidores de consumo. Tudo isso será incluído no relatório da CPI.
“Essa CPI é oriunda da vontade popular para que os deputados pudessem cobrar da Energisa melhores condições de fornecimento de energia e soluções para as constantes reclamações contra a empresa, como o mau atendimento e os valores exorbitantes cobrados na taxa de energia”, disse o vice–presidente da CPI, deputado Thiago Silva (MDB).
Com aval do presidente da CPI, Elizeu Nascimento, a Assembleia Legislativa entrou com representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) com pedido de medida cautelar (liminar) para suspender o reajuste de 22,5% autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em abril deste ano.
O principal argumento feito pela procuradoria da Assembleia Legislativa, o principal argumento da representação, foi considerar que a ANEEL não atendeu aos requisitos constitucionais de transparência na autorização do maior reajuste de todos os tempos, que estava onerando o já combalido orçamento familiar de cerca de 1,56 milhão de unidades consumidoras no estado, além de impactar diretamente na economia da região, desestimulando a entrada de novas indústrias e prejudicando as existentes.
O pedido foi aceito e a concessionária foi obrigada a recuar do reajuste.
O relatório final da CPI será apresentado nesta quarta-feira, às 16h no parlamento estadual.
Fonte: esportesenoticias