O senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), apresentou um requerimento formal ao Ministério dos Transportes para cobrar informações detalhadas sobre as condições das obras de arte especiais (OAEs), como pontes, viadutos e passarelas, sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Entre os pontos solicitados estão os critérios de classificação e priorização dessas estruturas, históricos de manutenção, transparência das informações e cronogramas de intervenções.
A ação do senador foi motivada pela tragédia na Ponte Juscelino Kubitschek, na divisa entre Tocantins e Maranhão, que resultou na morte de 14 pessoas, com 3 ainda desaparecidas. Segundo dados do DNIT, 727 pontes em todo o Brasil estão em condições críticas ou ruins, representando 12,5% do total. “Essa tragédia não pode ser vista como uma fatalidade. É o resultado de anos de negligência com a manutenção e planejamento das nossas estruturas. Estamos falando de vidas humanas, e não apenas de números”, destacou Fagundes.
No requerimento, o parlamentar também pediu informações sobre os recursos destinados às pontes em estado crítico nos últimos anos e reforçou a necessidade de mecanismos de transparência para que os cidadãos tenham acesso ao estado de conservação dessas estruturas. “Não podemos aceitar que outras famílias passem pelo que as vítimas dessa tragédia estão enfrentando. É imprescindível que o governo federal priorize a manutenção das nossas pontes e estradas, garantindo segurança e mobilidade para os brasileiros”, afirmou.
Fagundes enfatizou a urgência em fortalecer o Programa de Manutenção de Obras de Arte Especiais (PROARTE). “Da forma como está, o programa é ineficaz, sua abrangência precisa ser ampliada para evitar novos desastres. A falta de planejamento resulta na perda de vidas e compromete o desenvolvimento do nosso país”, pontuou.
Com o compromisso de evitar novas tragédias, o senador afirmou que seguirá cobrando ações efetivas do governo federal, colocando a vida e a segurança dos brasileiros como prioridade absoluta. “É inadmissível que falhas identificadas há anos continuem sendo ignoradas, colocando em risco a população e a infraestrutura do país”, concluiu.
Fonte: odocumento