A Meta, que nesta terça-feira, 7, o fim de seu programa de checagem de fatos e criticou os tribunais da América Latina, recebeu o destaque de “uma das maiores colaboradoras da Justiça Eleitoral” no Brasil pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A fala ocorreu em abril de 2024, durante sua candidatura a professor titular na Faculdade de Direito da USP.
Moraes fez a declaração enquanto comentava sobre o WhatsApp, um dos produtos da empresa de Mark Zuckerberg. O magistrado afirmou que “o WhatsApp, a Meta, na verdade, que se diga, é uma das maiores colaboradoras da Justiça Eleitoral aqui no Brasil”, por reconhecer o potencial de desinformação e sua instrumentalização até as eleições de 2020.
Ainda na fala, Moraes defendeu a responsabilização das grandes empresas de mídia por conteúdos ilícitos em suas plataformas, especialmente quando há impulsionamento e monetização. A apresentação do trabalho acadêmico ocorreu em meio a embates com Elon Musk, dono do X.
Ele mencionou que, em reuniões com as big techs, ouviu que conteúdos com confrontos, brigas e coisas muito fofas geram mais audiência.
“Aquele cachorrinho que foi criado por uma galinha, o gato que alimenta o porquinho”, comentou o ministro, que concluiu: “Longe dos dois extremos, não há vida inteligente que sustente as redes sociais”.
Em dezembro, Moraes elogiou a colaboração do WhatsApp nas eleições de 2022. Ele destacou que a plataforma reduziu o número de participantes de grupos quando detectava discursos de ódio e até bloqueou grupos, quando necessário.
Zuckerberg afirmou que trabalhará com Trump para resistir a governos que, segundo ele, perseguem empresas e promovem censura. Ele criticou a falta de transparência nos , que têm decisões secretas para remoção de conteúdos.
Essas críticas ecoam as de Musk, que acusou as decisões de Moraes de exigirem que plataformas atribuíssem bloqueios a violações internas, não a ordens judiciais. O dono do X enviou documentos do TSE ao Congresso dos EUA.
Fonte: revistaoeste