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Coreia do Norte proíbe consumo de cachorro-quente: nova restrição alimentar no país

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O ditador Kim Jong-un proibiu cachorros-quentes na Coreia do Norte, sob a alegação de que o prato é “ocidental demais”. Para o regime, servir o prato feito com salsichas é um “ato de traição” às tradições norte-coreanas.

Qualquer pessoa flagrada na venda de cachorros-quentes nas ruas ou cozinhando-os em casa corre o risco de ser levada para campos de trabalho forçado, segundo o periódico inglês The Sun. Por outro lado, o consumo de carne de cachorro é plenamente permitido no país.

A nova proibição é mais um exemplo da repressão de Pyongyang contra o que considera ser uma “invasão da cultura ocidental”. O prato budae-jjigae, uma sopa apimentada com macarrão e salsichas ou fiambre, foi importado da Coreia do Sul em 2017.

No entanto, um vendedor da Província de Ryanggang afirmou ao jornal britânico que as vendas de no mercado pararam, pois “a polícia e a administração dos mercados disseram que qualquer pessoa flagrada ao vender será fechada”. O governo norte-coreano ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova norma.

Além da repressão alimentar, Kim Jong-un também determinou que casais que se divorciarem sejam enviados para campos de trabalho forçado como punição por seus “crimes”. O ditador quer que os ex-cônjuges cumpram até seis meses de trabalho forçado, pois considera o divórcio um ato “antissocialista”.

Em dezembro, o ditador advertiu que qualquer norte-coreano que celebre o Natal pode ser executado. O regime comunista figura no topo da lista dos países que mais perseguem o cristianismo no mundo, de acordo com levantamento da Associação Portas Abertas.

Jovem é executado na Coreia do Norte por ouvir k-pop

A proibição ao consumo de cachorro-quente é mais um episódio da ofensiva norte-coreana contra atos que considera danosos à cultura socialista. Em junho, um jovem de 22 anos foi executado pelo regime de Kim Jong-un por ter ouvido 70 músicas de k-pop — estilo musical sul-coreano — e assistido a três filmes do país inimigo.

Outras proibições incluem punições para noivas que usam vestidos brancos ou são carregadas pelos noivos. O regime também proíbe o uso de óculos de sol e o consumo de álcool em taças, todos considerados costumes sul-coreanos.

“A velocidade com que a cultura sul-coreana influencia a Coreia do Norte é muito rápida”, disse uma norte-coreana anonimamente ao jornal britânico The Guardian. “Os jovens seguem e copiam a cultura sul-coreana e adoram tudo o que é daquele país.”

Os policiais da Coreia do Norte revisam frequentemente os celulares dos cidadãos. Eles verificam nomes e expressões que são associadas a costumes do país vizinho. Os jovens são os principais alvos desse controle.

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Em março, a emissora estatal de televisão da Coreia do Norte do apresentador britânico Alan Titchmarsh, pois considera a peça vinculada à cultura ocidental. Durante um programa de jardinagem, o repórter ajoelhou-se num canteiro de flores, quando a metade inferior do seu corpo foi desfocada pela edição.

Fonte: revistaoeste

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