Sophia @princesinhamt
Notícias

Esquema de Corrupção na Seaf: Desvio de mais de R$ 28 mi em Emendas!

2025 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá
Uma grande investigação apontou que 10 pessoas estavam envolvidas em um esquema de corrupção dentro da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar de Mato Grosso (Seaf). Deflagrada em setembro de 2024 pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), a Operação Suserano teve como alvo o ex-secretário da Pasta, Luiz Artur de Oliveira Ribeiro, o Luluca, servidores comissionados, empresários e até mesmo uma influencer digital de Cuiabá.
 
O início das investigações começou em julho, quando o governador Mauro Mendes (União) exonerou Luluca Ribeiro do cargo de secretário chefe da Seaf. Luluca atuou no comando da Seaf por pouco menos de cinco meses. A sua exoneração foi reflexo de uma investigação instaurada pela Controladoria Geral do Estado (CGE), a qual apontava irregularidades na gestão da pasta.
 
O procedimento foi aberto após denúncia relacionada a um processo de compra de kits agrícolas (máquinas e equipamentos) feito pela secretaria. A compra seria feita por meio de recursos originários de emendas parlamentares. Além de Luluca, também foram exonerados o secretário adjunto Clóvis Figueiredo Cardoso; o secretário adjunto de Administração Sistêmica, Talvany Neiverth; a chefe de gabinete Aline Emanuelle Rosendo e o assessor jurídico Ricardo Antônio de Lamonica Israfel Pereira.
 
Quem passou a atuar como chefe da Seaf no lugar de Luluca, foi a advogada e servidora efetiva do estado, Andreia Fujioka.
 
Meses depois, em 24 de setembro, a Deccor deflagrou a Operação Suserano. A operação desbaratou um esquema dentro da Seaf e apontou Luluca como o chefe de toda e operação criminosa. De acordo com as investigações, o grupo por formado por 10 pessoas gerou um rombo de R$ 28 milhões aos cofres públicos, por meio de execução de emendas parlamentares. 

Conforme investigações da Deccor, que tiveram como base relatório de auditoria da CGE, houve um sobrepreço de até 80% do valor de mercado em termos de fomento que seriam usados para a compra de kits de agricultura familiar. Os policiais cumpriram mais de 50 ordens judiciais, sendo 11 mandados de busca e apreensão, nos endereços dos investigados em Cuiabá, Várzea Grande e Alto Paraguai, por equipamentos eletrônicos e documentos. 

O Poder Judiciário determinou o sequestro de imóveis e veículos e o bloqueio de bens e valores, além do afastamento dos servidores públicos envolvidos. Conforme a decisão da Justiça, todos os envolvidos tiveram que entregar os passaportes e estão proibidos de manter contato entre si, com testemunhas e outros servidores da secretaria, além de não poderem acessar as dependências da Pasta. Empresas envolvidas foram proibidas de contratar com o Executivo Estadual. 
 
Forma apontados como participantes do esquema: Luluca Ribeiro; Leonardo da Silva Ribeiro (servidor público estadual); Rita de Cássia Pereira do Nascimento (comissionada na Seaf); Wilker Weslley Arruda e Silva (diretor-presidente do Instituto de Natureza e Turismo – Pronatur); Yhuri Rayan Arruda (conselheiro fiscal do Pronatur); Euzenildo Ferreira da Silva (sócio e administrador da empresa Tupã Comércio e Representações); Alessandro do Nascimento (sócio oculto da empresa Tupã Comércio e Representações); Ana Carolina Ormond Sobreira (laranja no esquema); Matheus Caique Couto dos Santos (laranja); e Diego Ribeiro de Souza.
 
As investigações apontaram que o esquema desviava os valores das emendas parlamentares destinados a entidades que deveriam comprar kits agrícolas para municípios de Mato Grosso.
 
Um mês depois, a empresa Tubarão Sports, de propriedade de Alessandro Ormond, entrou mais uma vez na mira da polícia, desta vez por conta da Operação Japeusá que investiga um suposto esquema de sonegação fiscal, associação criminosa e falsidade ideológica. Embora a Jepeusá não faça parte da Suserano, chamou atenção o fato de que a empresa de Alessandro esteve mais uma vez envolvida em um esquema criminoso.
 
A Operação Suserano foi pauta até mesmo nos debates e programas eleitorais dos candidatos a prefeito de Cuiabá. Os então candidatos Abilio Brunini (PL), Lúdio Cabral (PT) e Domingos Kennedy (MDB) jogavam a responsabilidade para o governo do estado que apoiava Eduardo Botelho (União), que em sua defesa sempre afirmava que a Operação Suserano só foi deflagrada devido às denúncias feitas pelo próprio governador.
 
O Leiagora entrou em contato com a Polícia Civil que informou que as investigações ainda estão em andamento. Devido ao sigilo dos procedimentos, a Deccor não irá se manifestar para não inviabilizar as investigações.

Fonte: leiagora

Sobre o autor

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.