Astronautas da Nasa, a principal agência aeroespacial dos Estados Unidos, vêm transformando a vista do Lago Dukan numa espécie de ‘ponto turístico’. O reservatório artificial iraquiano se parece com uma árvore de Natal e, por isso, têm chamado a atenção dos militares norte-americanos.
A primeira vez que se constatou essa semelhança foi em dezembro de 2018, quando o astronauta Alexander Gerst publicou uma foto do lago na rede Twitter/X. Desde então a paisagem se tornou um “ponto turístico” dos profissionais que circundam a Terra em nível estratosférico.
O Lago Dukan é um reservatório que o homem ajudou a formar em 1959 depois da construção de uma enorme barragem hidrelétrica perto da cidade de Ranya, na região do Curdistão iraquiano. O grande triângulo em forma de árvore se estende por aproximadamente 10 quilômetros de sua “base” até seu “topo”.
Os astronautas relatam e registram imagens de uma ramificação menor e estreita que parece pendurada no topo da árvore como uma estrela instável. É naquele ponto onde a barragem drena para o rio Little Zab, de acordo com o Observatório da Terra da Nasa.
“Olhando para baixo do espaço, as características da Terra aparecem em muitas formas familiares. E o Lago Dukan parece uma árvore de Natal”, escreveram representantes da agência espacial na época em que a foto viralizou.
No registro do astronauta, duas “decorações festivas” adicionais estão em exibição. Primeiramente, a “árvore” tem algas na superfície do lago, que se assemelham a guirlandas verdes. Elas se formam em decorrência do clima quente e do escoamento agrícola.
Em segundo lugar, cerca de uma dúzia de pontos pretos estão espalhados pela árvore como enfeites. No entanto, ao contrário dos enfeites floridos, os ornamentos escuros não estão lá. Em vez disso, as manchas são artefatos na foto causados por um fenômeno chamado reflexo de lente na câmera do astronauta, no qual a luz é espalhada por pequenas imperfeições na lente da câmera, de acordo com o Earth Observatory.
Além dos astronautas, turistas que estão na Terra também passaram a visitar mais o lago nas últimas décadas. O motivo são suas praias artificiais e as características favoráveis para a pesca. Especialistas, no entanto, temem que essas atividades ameacem o ecossistema que surgiu no lago desde a sua formação.
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Fonte: revistaoeste