Pantera Negra: Wakanda Para Sempre estreia nesta semana nos cinemas brasileiros, sequência de Pantera Negra (2018) no Universo Cinematográfico Marvel que mostra os personagens em luto pela perda do rei T’Challa, interpretado no primeiro filme por Chadwick Boseman – que infelizmente faleceu em 2020. Lupita Nyong’o, que interpreta Nakia, revelou que se sentiu frustrada ao ler o roteiro do novo filme pela primeira vez.
Chadwick Boseman morreu em 2020 aos 43 anos, após lutar contra o câncer de cólon. Ryan Coogler voltou para dirigir a sequência, reformulada como uma homenagem após a morte do protagonista. Porém, Lupita ficou desapontada por sua personagem não estar canalizando os mesmos sentimentos que ela teve na vida real após a morte de Boseman.
“Me lembro no começo, lendo o roteiro, e fiquei com tanta inveja de Letitia [Wright] porque ela fica caótica”, disse Lupita Nyong’o na coletiva de imprensa de Wakanda Para Sempre sobre o comportamento de Shuri com a perda do rei T’Challa. “E foi assim que me senti, me senti cru e queria expressar isso. E Nakia, no entanto, ela é um exemplo de alguém que… ela está um pouco mais adiantada em termos de processamento”, explica.
“Não é como se ela tivesse entendido tudo, mas no primeiro filme, Ryan [Coogler] a descreveu como o oásis de T’Challa. E isso realmente, realmente mexeu comigo. Então, quando eu estava lendo esse roteiro e pensando sobre onde ela está, percebi que o que ela já foi para T’Challa, ela agora tem a oportunidade de oferecer a Shuri”, comenta a atriz.
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Pantera Negra: Wakanda Para Sempre foi terapêutico para Lupita Nyong’o
Lupita Nyong’o percebeu que Nakia tinha um papel fundamental em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, podendo não apenas apoiar a personagem de Letitia Wright, mas também os fãs de luto pela morte T’Challa na trama e Chadwick Boseman na vida real.
“Fazia muito sentido em termos de estrutura e arquitetura da história. Quando estamos falando sobre a exploração do luto, é realmente fundamental ter alguém que, quero dizer, seja amigo da mudança para as pessoas na história, mas também para o público”, conta Nyong’o. “O fato de ela ser o amor de T’Challa, de certa forma, permite que o público saiba que está tudo bem”, disse, ressaltando em seguida que o processo foi terapêutico.
“Por mais que eu estivesse frustrado com Ryan por fazer isso com Nakia, interpretá-la foi muito terapêutico para mim, porque eu tive que olhar além das minhas frustrações com a perda de Chadwick e aprender com ela, aprender com essa sabedoria que ela parece possuir.” Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Lupita reforça que, em Wakanda Para Sempre, Ryan Coogler “escreveu algo que honrava a verdade do que cada um de nós estava sentindo, aqueles de nós que conheciam Chadwick. Ele criou algo que poderia honrar isso e levar a história adiante. No final, eu estava chorando”.
Na continuação de Pantera Negra, a história vai expandir a sociedade de Wakanda que conhecemos com o retorno da Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M’Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milage, lutando para proteger a nação fragilizada de outros territórios após a morte de T’Challa. Enquanto o povo de Wakanda se esforça para continuar em frente, a família e amigos do rei precisam se unir com a ajuda de Nakia (Lupita Nyong’o) e Everett Ross (Martin Freeman). Eles ainda terão que aprender a conviver com a nação debaixo d’água, Talocan, e seu rei Namor (Tenoch Huerta).
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre estreia em 10 de novembro.
Fonte: adorocinema.com