O site do Ministério da Saúde não tem uma seção específica sobre dengue, que já causou quase 6 mil mortes neste ano. Porém, mantém uma aba dedicada à covid-19 — mesmo depois do fim da pandemia, declarado em 5 de maio de 2023 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No site, a ausência de uma página específica sobre dengue pode ser notada na aba “Assuntos”. Diferente da covid-19, os dados sobre dengue estão agrupados na seção “Saúde de A a Z”, junto com outras arboviroses.
Na página inicial, a seção “Acesso Rápido” redireciona para as informações de arboviroses em “Saúde de A a Z”, sem destaque exclusivo para dengue.
A falta de uma aba de informações específicas para a dengue chama a atenção, visto que a doença já matou 5.954 pessoas desde o início do ano. Cerca de 6,6 milhões casos foram registrados, e 1.103 mortes estão sendo investigadas.
O coeficiente de incidência nacional é de 3.261 casos para cada 100 mil habitantes.
São Paulo lidera em números absolutos, com 2,1 milhões de casos prováveis, seguido por Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (654 mil) e Santa Catarina (344 mil).
No entanto, o Distrito Federal apresenta o maior coeficiente de incidência, com 9.904 casos por 100 mil habitantes, à frente de Minas Gerais (8.244), Paraná (5.719) e São Paulo (4.880).
Os dados são do Ministério da Saúde, que atualizou o Painel de Monitoramento de Arboviroses no sábado 14. Desde então, não houve novas atualizações.
Diante do aumento expressivo de casos, o Ministério da Saúde disse que vai intensificar as ações de vigilância e controle em áreas críticas.
O objetivo das medidas, segundo o ministério, é atualizar dados epidemiológicos, reforçar estratégias de prevenção e controle e alinhar esforços com os Estados e municípios para conter o avanço das arboviroses.
“Em Mato Grosso, os casos de chikungunya estão em alta, enquanto no Espírito Santo a arbovirose emergente febre do Oropouche teve aumento”, diz o ministério.
Além de mapear os dados epidemiológicos, as equipes técnicas dizem que vão atualizar informações sobre coberturas vacinais, revisar estoques de vacinas e insumos laboratoriais, aperfeiçoar métodos de análise de risco e identificar áreas prioritárias para ações preventivas.
Fonte: revistaoeste