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Análise: Sonic Frontiers é um jogo incrível e estranho

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Sonic Frontiers é o jogo que aponta o futuro da mais tradicional franquia da Sega: com um pé nos jogos lineares do passado e outro em um mundo aberto que convida o jogador para explorar livremente, o game faz bonito em ambas as frentes – não sem parecer esquisito, até mesmo para os padrões da série.

As ilhas Starfall oferecem um cenário com aparência realista e cheio de segredos e desafios, que envolve o jogador com suas possibilidades e mistérios, pontuadas pelas fases no Cyberespaço, que nada mais são do que estágios tradicionais de games do Sonic, tanto em 3D quanto no adorado plano bidimensional.

Experiência estranha, mas envolvente

Os primeiros passos no mundo aberto de Sonic Frontiers são estranhos e leva algum tempo para a sensação de que algo está errado passar. É preciso aceitar que não há uma única direção para seguir e que as coisas só começam a fazer sentido nas Starfall Islands conforme o jogador progride pelo mapa, explorando e entendendo seus segredos.

Controlar Sonic neste mundo “realista” é muito bom e este é um dos segredos do jogo: o ouriço responde de forma precisa aos comandos, seja para correr, atacar ou saltar, inclusive com alguns combos mirabolantes desbloqueados conforme o personagem ganha experiência.

São cerca de 30 horas de aventura, com uma boa variedade de paisagens para explorar, incluindo florestas, desertos arenosos e outros biomas, todos cheios de trilhos e molas que levam a plataformas aéreas, criando circuitos surpreendentes que são sempre divertidos de se percorrer.

O jogo tem um pé no RPG e por isso, Sonic tem vários movimentos especiais, desbloqueados em uma árvore de habilidades. O herói também ganha pontos de velocidade, força, defesa e pode aumentar a quantidade de anéis que carrega. O principal movimento especial – e o primeiro a ser liberado – é o Cyberloop, um rastro azul usado para revelar tesouros escondidos, causar dano aos inimigos, quebrar armaduras e outros truques.

Há muitos inimigos para enfrentar e embora os mais simples sejam facilmente destruidos com uma investida do nosso ousado velocista, a maioria exige que o jogador reconheça seus padrões de ataque e movimento. Os maiores lembram “Colossos” de Shadow of the Colossus, funcionando como pistas de corrida e adversários ao mesmo tempo. Pena que a câmera nem sempre ajude nessas batalhas!

O sistema de combate começa como um simples esmagar de botão e evolui rapidamente para um sofisticado conjunto de esquivas e combos, principalmente na hora de enfrentar os chefões.

As Stafall Islands e a liberdade de ação e exploração são os pontos altos do jogo, sempre oferecendo algum puzzle ou situação para engajar o jogador. Há um divertido minigame de pesca que faz alusão não só ao passado da franquia, mas também aos antigos Sega Bass Fishing. Aliás, há referências a outros jogos da série, como Sonic 3 e o mais recente Sonic Forces.

Há uma trilha sonora encantadora para acompanhar Sonic durante a maior parte do tempo e embora seus amigos apareçam conforme a campanha avança, Frontiers é, na maior parte do tempo, uma bela e solitária aventura.

Nem tudo são flores

Infelizmente, Sonic Frontiers é pontuado por problemas técnicos que acabam atrapalhando a empolgação da aventura. Rolam umas quedas de quadros de animação em alguns momentos, mesmo jogando no PlayStation 5 – e não só durante a ação, até mesmo em cenas de CGI.

Alguns trechos do mundo aberto não são tão livres para se explroar da primeira vez que se passa por eles, forçando a câmera em uma determinada posição até que o jogador atravesse aquele pedaço pela primeira vez. Não chega a ser terrível, mas amarras assim incomodam em um jogo em que a grande novidade é justamente a liberdade total de navegação.

Cada ilha tem um chefão final, os Titãs. As batalhas são bastante variadas e eles tem em comum o fato de serem todos gigantescos. è preciso assumir a forma de Super Sonic para lutar contra eles e como essa forma não dura para sempre, as batalhas de chefe se tornam verdadeiras corridas contra o tempo.

Considerações

Este não é um jogo livre de problemas, mas sem dúvida, Sonic Frontiers é uma experiência positiva e envolvente, que aponta a direção para o futuro da adorada franquia da Sega. Sem dúvida, é o melhor Sonic 3D nos últimos anos.

Sonic Frontiers chega em 8 de novembro para PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no PS5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Sega.

Fonte: terra.com.br/gameon

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