Conforme notícia desta terça-feira, 16, no jornal Folha de S.Paulo, um grupo de professores da se mobilizou para produzir um abaixo-assinado contra a expulsão de quatro estudantes por ataques a Israel.
A conduta dos alunos se deu principalmente durante o período em que as forças israelenses reagiam contra os terroristas do e, dessa forma, atacavam a . A instituição de ensino investiga os estudantes por disseminação de discursos de ódio, antissemitismo e discriminação. O processo, no entanto, está em sigilo.
No início desta semana, pelo menos 235 professores manifestaram-se contra a punição dos alunos. O argumento dos docentes é que a comissão responsável por avaliar a conduta dos discentes usa dispositivos da época da ditadura militar. Esses dispositivos, conforme o jornal, fariam parte do regimento da USP. A universidade não quis se manifestar.
Os estudantes sob acusação distribuíram um informe em uma assembleia. No conteúdo, afirmaram que o Estado judeu promove um “genocídio” no território palestino. Acrescentaram que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, age nos territórios ocupados como “fascista, colonialista e racista”.
Para os alunos, a ofensiva do grupo terrorista Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, foi “histórica”. No episódio, mais de mil israelenses foram assassinados. Além disso, outras centenas de pessoas, entre elas estrangeiros, foram sequestradas. Parte ainda continua desaparecida.
Três professores escreveram um artigo em que sustentam que no informe dos estudantes não há nada que configure crime de ódio ou antissemitismo. Os docentes, segundo a Folha de S.Paulo, são Carlos Augusto Calil, Leda Paulani e Sérgio Rosenberg. O trio leciona, respectivamente, nas faculdades de Comunicação, Economia e Administração e Medicina.
O jornal foi quem publicou o artigo dos professores, que agora usam o documento como base para formalizar o abaixo-assinado e tentar reverter a situação. Os docentes citam relatório de uma entidade internacional que sugere a ideia de “crime de guerra” por parte de Israel ao impor a evacuação na Faixa de Gaza.
Fonte: revistaoeste