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Política

Abilio tranquiliza sobre possível intervenção na gestão, mas alerta: falta de recursos para negociar dívidas

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O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse não temer a decretação de uma intervenção estadual na Saúde da Capital logo no início da sua gestão. O temor do prefeito é um só: de onde virá o dinheiro para quitar as dívidas que a Pasta tem com os fornecedores. Abilio participou, nesta segunda-feira (16), de uma audiência no Tribunal de Justiça para discutir o caos na Saúde cuiabana e saiu preocupado do encontro.
 
“Se quiser fazer uma intervenção no começo do mandato até os seis primeiros meses, faz a intervenção, mas vai precisar de dinheiro para pagar. Então, a decisão maior não é a intervenção ou não intervenção, mas a fonte dos recursos para poder negociar essas dívidas todas e pagar e dar suporte para que essas empresas possam prestar serviço”, disse Abilio.
 
De acordo com o liberal, a reunião desta segunda trouxe “mais preocupações do que soluções”, afinal, foi apontado pelo próprio prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) que a dívida da Secretaria Municipal de Saúde é muito alta, podendo até mesmo a chegar à cifra do bilhão.
 
“Emanuel deixou claro que não vai deixar um centavo em caixa. É muita dívida não empenhada que gera uma certa preocupação, porque ela entra como resto a pagar já no começo do ano que vem. Muitas empresas devem estar buscando uma renegociação já no início do mandato, e isso gera uma preocupação muito grande para nós, porque não vai ter dinheiro para negociar. Esse é o grande problema”, disse Abilio.

 
Embora seja defensor da intervenção estadual, o desembargador Orlando Perri afirmou que decretar uma nova intervenção faltando 15 dias para encerrar a gestão Emanuel Pinheiro seria irresponsabilidade. Por isso, Perri garante que se deve dar um voto de confiança para a futura gestão de Brunini, mas não descarta a decretação de intervenção na gestão do bolsonarista caso o caos na Saúde não se resolva.
 
“Evidentemente que, no decorrer do tempo, se houver falhas, se houver provas que o município não está dando conta de tocar a gestão na Saúde, pode sim ocorrer uma nova intervenção”, garantiu Perri.
 
É pensando nisso que Abilio conta com o apoio de todos os Poderes, inclusive do Tribunal de Contas e do Judiciário, para conseguir colocar a Saúde cuiabana nos trilhos.
 
“Nós temos uma solução para a Saúde de Cuiabá, mas só podemos aplicar essa solução a partir do dia 1º de janeiro. O Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas deve (sic) ajudar a negociar essas dívidas. Hoje, foi dito na frente deles que vai deixar muita dívida e nada encaixa pra pagar, então, não é uma intervenção que vai solucionar o problema. (…) Nós vamos buscar recursos com todo mundo. Eu já mandei da minha emenda R$ 46 milhões, outros deputados também estão mandando emenda para Saúde de Cuiabá, como o Lúdio Cabral, Dr. João e o Paulo Araújo”, garantiu Abilio.

Em nota, a Prefeitura de Cuiabá rebateu as informações quanto ao volume de dívidas na Saúde, da ordem de R$ 1 bilhão. 

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que a informação de que a dívida da pasta chega a R$ 1 bilhão não procede. Após o período de intervenção estadual, a Secretaria foi assumida com um passivo estimado em aproximadamente R$ 400 milhões. Desde então, esforços significativos têm sido realizados para quitar grande parte desses débitos, e o trabalho de regularização financeira continua em andamento.  

Destacamos que um levantamento detalhado está em curso e que o valor exato das obrigações financeiras será concluído nos próximos meses, com o fechamento do balanço contábil. A gestão reforça seu compromisso com a transparência e a responsabilidade fiscal na condução da saúde pública municipal.

Fonte: leiagora

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