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COP27: ‘Brasil escolheu parar a destruição da Amazônia’, diz Al Gore

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O ex-vice presidente americano Al Gore disse nesta segunda-feira, 7, que o Brasil “escolheu parar de destruir a ”, em referência ao resultado do segundo turno das eleições durante discurso na Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP27, no Egito.

Sem citar o nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Al Gore, que ocupou a vice-Presidência dos Estados Unidos entre 1993 e , ressaltou que é da “claridade moral frente à indiferença imprudente” e usou como exemplos recentes três países.

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“Nós precisamos de mais, mas temos a base para a esperança. Apenas dias atrás, o povo do Brasil escolheu parar com a destruição da Amazônia. Mais cedo neste ano, o povo da Austrália escolheu começar a liderar a revolução da energia renovável. Mais cedo neste ano, o povo do meu país escolheu líderes que finalmente implementaram a maior e mais ambiciosa legislação ambiental da História do mundo”, disse ele,

Ao falar da Austrália, o ex-vice-presidente fez referência à do Partido Trabalhista pela primeira vez em quase 10 anos, que chegou ao poder com a promessa de uma agenda com um olhar mais atento à questão ambiental. 

Já no caso dos Estados Unidos, Al Gore se referiu ao pacote trilionário apresentado pelo atual presidente, Joe Biden, para uma transição climática. O pacote, no entanto, só foi aprovado após uma série de mudanças e perdeu o valor total proposto inicialmente. 

Em seu discurso, o americano, que já venceu o Prêmio Nobel da Paz pela contribuição em obter e disseminar informações sobre o desafio climático, também comentou a fala do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que disse que o mundo está em uma “estrada para o inferno climático”. 

“Precisamos tirar o pé do acelerador. Precisamos obedecer a primeira lei dos buracos: quando estiver em um, pare de cavar. Temos que parar de piorar essa crise”, afirmou. 

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Para corroborar seus argumentos, Al Gore citou as enchentes do Paquistão e as ondas de calor que assolaram o hemisfério Norte no último verão e reforçou que as áreas inabitáveis do mundo irão crescer nos próximos anos. Ele citou também a corrida pelo gás natural na África, afirmando que o continente pode ser um grande fator positivo na luta contra as mudanças climáticas.

Por , Al Gore aproveitou sua fala para criticar os líderes mundiais, dizendo que há um mau desempenho geral no combate às mudanças climáticas e que lhes falta credibilidade.

“Todos nós temos um problema de credibilidade: estamos falando e começando a agir, mas não estamos fazendo o suficiente”, completou. 

Pouco após ter vencido as eleições presidenciais, Lula confirmou presença na Conferência, à convite do presidente do Egito, Fatah al-Sissi. Ele participará do evento entre os dias 14 e 18 de novembro com o objetivo de recolocar o Brasil nos debates sobre o clima, à medida que ambientalistas criticam as políticas ambientais adotadas ao longo dos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro.

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A decisão do novo presidente corrobora com o discurso feito por ele assim que venceu as eleições, ao afirmar que “o Brasil é grande demais para ser relegado a pária no mundo” e que os líderes globais sentem falta do país tanto nos eventos internacionais quanto na cooperação bilateral ou multilateral perene. 

Fonte: Veja

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