A artista Iacita Azamor, que apresenta o desfile “Das Telas Para a Moda” na Casa de Cultura nesta quinta-feira (12), encontrou na beleza da pintura e na sofisticação da moda, uma celebração única da vida e da arte.
A partir de estampas de suas próprias telas, que trazem a identidade regional e elementos da fauna e flora de Mato Grosso do Sul, a exposição representa ainda uma forma de superação. Foi durante um período de enfermidade que Iacita encontrou na arte uma maneira de reviver as belezas do mundo.
A exuberância do Pantanal, a flora, além das mulheres do MS se tornaram o coração de sua arte, que, a princípio, não tinha viés comercial, mas que, atualmente, tem se encaminhado para o empreendedorismo.
“Há telas que pintei em outro estado ou país, mas para mim são como filhas, nunca as esqueço”
Iacita Azamor
Iacita confessa ao Primeira Página que, quando começou, há cerca de 10 ou 12 anos, o objetivo estava voltado a expressar o que sentia. Mas, com o tempo e de tanto produzir, as telas começaram a se acumular, o que gerou um questionamento para a artista.
“Eu não gostava de vender e quando eu fazia exposição, já escrevia vendido, porque eu não queria repassar. Era como se fosse uma coisa minha, uns filhotes meus, que até hoje eu chamo de filhote. Depois, com o tempo, fui vendo que eu não tinha nem como guardar tanta tela e comecei a vender. Hoje penso que quanto mais pessoas tiverem acesso, maior prazer me dá ver que a minha arte traz alegria e prazer para outras pessoas”, celebrou.
A partir das suas obras, nasceram peças exclusivas que traduzem o poder da arte em produtos que são ponte entre a expressão artística e o universo fashion. Segundo Iacita, o empreendedorismo está em sua veia e se une à criatividade que faz parte do artista.
“Sou presidente do Conselho de Direitos da Mulher, trabalho com isso há mais de 20 anos e estou sempre inventando uma coisa nova. Primeiro eu fiz umas canecas com as impressões, depois eu comecei a fazer o lenço e depois a echarpe, assim foi aumentando o rol de produtos.
No primeiro teste com a impressão, a recepção foi tamanha que eu me empolguei em trazer para o tecido meus desenhos e pinturas”, relembrou.
A cada tela está contida a memória de Iacita, que agora estampa lenços, cangas, blusas e vestidos que vão encantar o público. A artista pretende retratar essa emoção em desfile realizado às 18h30 na Casa de Cultura localizada na avenida Afonso Pena.
Fonte: primeirapagina
