Na manhã desta quarta-feira (11), a reportagem do Olhar Direto esteve no local e constatou que o ambiente é de fato extremamente quente. Diversos comerciantes que preferiram não se identificar reclamam que o exaustor instalado no local é insuficiente para aliviar o calor.
“O presidente da associação fala que tem climatizador, que já está funcionando, mas eu não vejo diferença nenhuma”, desabafa Carlos. Segundo ele, o calor é insuportável. “Eu saí daqui ontem com as minhas vestimentas encharcadas de suor, e hoje parece que vai ser a mesma coisa”, reclamou um vendedor identificado como Carlos, que trabalha com a esposa vendendo brinquedos desde que o Shopping Popular foi fundado.
A postura de Misael Galvão, liderança da associação que administra o Shopping Popular, também desagrada os comerciantes. De acordo com Carlos, Misael não consulta os demais assossidos e toma decisões de forma autoritária. “Ele esquece que é uma associação, tem que ouvir a todos. O que a maioria fala é o que deve ser acatado, mas ele não escuta. Se sente o dono daqui”, afirmou.
Ainda segundo o relato, o presidente da associação não permite que os comerciantes realizem melhorias nos boxes durante o dia. “Não deixou ontem o pessoal das portas trabalhar. Tem umas que têm, mas não tem a tranca, ele não deixou nem colocar a tranca. ‘Tem que ser à noite’, ele disse”, destacou Carlos. Essa postura, segundo os trabalhadores, atrasa a organização dos comércios e compromete as vendas.
Com a previsão de inauguração oficial do local no próximo dia 14, os comerciantes estão apreensivos. Muitos afirmam que os boxes não estão prontos para atender os clientes.
Diante da gravidade do cenário, os comerciantes clamam por uma solução urgente. A situação insalubre e o desrespeito aos direitos dos trabalhadores colocam em risco a saúde física e mental de centenas de pessoas que dependem do comércio para sobreviver. O apelo é por um ambiente adequado, seguro e que respeite o mínimo necessário para o trabalho digno.
Fonte: Olhar Direto