A Gol Linhas Aéreas protocolou, na última segunda-feira, 9, um plano inicial de reestruturação no tribunal de falências dos EUA, o U.S. Bankruptcy Court. O movimento faz parte do processo de Chapter 11 — a recuperação judicial dos —, ao qual a companhia brasileira aderiu em janeiro deste ano.
O plano propõe um aporte de capital novo de até US$ 1,85 bilhão (cerca de R$ 11,2 bilhões), para fortalecer suas operações e facilitar a saída do Chapter 11 ainda no primeiro semestre de 2025.
A iniciativa sucede o Acordo de Apoio ao Plano de Reestruturação, anunciado em novembro pela Gol e sua maior credora, a Abra. Esta empresa também é proprietária da Avianca.
A reestruturação financeira da Gol
O documento apresentado ao tribunal sugere também uma possível fusão entre a Abra Group Limited e a Azul. Ele afirma que “a nova participação acionária da Gol, emitida em razão da distribuição de capital, terá conversão obrigatória em ações da Abra Group Limited mediante determinados eventos especificados”.
A Gol planeja converter ou extinguir até US$ 1,7 bilhão (R$ 10,3 bi) de sua dívida financiada e até US$ 850 milhões (R$ 5,1 bi) de outras obrigações. Até o final do terceiro trimestre de 2024, a Gol registrou uma dívida líquida total de R$ 27,6 bilhões. O prejuízo líquido do mesmo período foi de R$ 830 milhões.
“Assim, como a conversão será executada com base no valor econômico das ações da Gol antes da conversão, em conformidade com a legislação aplicável, espera-se uma diluição significativa das ações existentes da Gol”, informou a companhia, em comunicado.
Fonte: revistaoeste