Segundo o secretário, é esperado que o desembargador Orlando Perri, relator do processo que gerou a intervenção na Pasta cuiabana, convoque os atuais prefeitos Kalil Baracat (MDB) e Emanuel Pinheiro (MDB), bem como os futuros Flávia Moretti (PL) e Abilio Brunini (PL), para se reunirem em breve em busca da solução contra o colapso iminente.
“Agora, a decisão que vai ser feita é a convocação pelo desembargador Orlando Perri, convocando os gestores, os atuais prefeitos, e os novos para uma mesa, para um debate, uma conciliação que possa amenizar as possíveis necessidades que podem incorrer em deficiência no atendimento no final desse ano”, apontou Gilberto.
O secretário disse que acontece em Cuiabá e Várzea Grande um ‘freio’ nas ações de saúde, com contingenciamento de internações, distribuição de medicamentos e realização de cirurgias, prática do fim do mandato.
“Quando começa a paralisar serviços, lotar menos os leitos dos hospitais, parar cirurgias, faltar medicamento, é colocar o pé no freio no final do exercício. E o que está entrando nesse momento não tem legitimidade para adotar nenhuma providência e vai recepcionar, no dia primeiro, um caos estabelecido”, enfatizou.
Conforme Gilberto, não havia na reunião na ALMT representantes da Saúde das duas cidades da região metropolitana.
Assim como opinou o governador Mauro Mendes (União), o gestor da SES não vê com bons olhos uma possível nova intervenção na Saúde de Cuiabá por conta do caos. Para ele, não é de bom tom a medida, tendo em vista a iminente posse do novo gestor. Não caberia, em sua opinião, nem na Capital como também em Várzea Grande.
“Nem os órgãos de controle e tão pouco o governo do Estado cogitam uma nova intervenção. Tem um prefeito eleito que vai assumir a gestão daqui a alguns dias. Eu acho que não cai bem nesse momento discutir e seria pouco resolutivo uma intervenção”.
Nesse sentido, Gilberto reforçou a necessidade de haver uma conversa entre os atuais e os próximos gestores. “O que nós queremos é sentar com aqueles que foram eleitos e com aqueles que estão terminando o mandato para adotar medidas que possam atender a população para o caos que está se estabelecendo”.
Por fim, ele manifestou a preocupação de que possa haver mortes em razão da atual descontinuidade de serviços. “A falta de insumos, a falta de assistência pode concorrer para a desassistência e gerar algum óbito. Essa é a nossa preocupação”.
Fonte: leiagora