A atriz Demi Moore atualizou o estado de saúde do ex-marido, o ator Bruce Willis, nesta semana. Demi passou a morar com Bruce quando o artista foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT) no ano passado. Em entrevista à CNN norte-americana nesta quinta-feira, 5, a atriz disse que o artista, de 69 anos, está “estável”.
Demi afirmou ser extremamente importante que as pessoas diagnosticadas com a doença encontrem “amor e alegria” e desabafou sobre o avanço da demência. “Obviamente, é muito difícil e não é algo que eu desejaria a ninguém”, confessou. “Mas também há muita beleza e presentes que podem vir disso.”
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Sobre a relação amigável que manteve com o ex-marido depois do divórcio, Demi comentou que isso “veio do reconhecimento de que somos família”. “Nós sempre seremos uma família, só que de uma forma diferente”, afirmou.
Os artistas foram casados entre 1987 e 2000, mas mantiveram uma relação amigável depois da separação. Ambos tiveram três filhas juntos. Willis ainda tem duas filhas mais novas, frutos do casamento atual com Emma Heming.
A família de Bruce Willis já havia comunicado, em abril de 2022, que o ator se afastaria da carreira depois do diagnóstico de afasia, distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação. Em 16 de fevereiro de 2023, foi divulgado que o artista também havia sido diagnosticado com demência frontotemporal, que altera o comportamento e a personalidade.
Entenda a doença que afeta Bruce Willis
A demência frontotemporal () que afeta Bruce Willis é uma condição semelhante ao Alzheimer, mas com diferenças, como distúrbio de linguagem e mudanças de comportamento. A doença aparece a partir dos 45 anos e não tem cura, apenas tratamento de sintomas.
A DFT difere do Alzheimer porque não afeta predominantemente a memória, além de provocar uma alteração no comportamento, como se o indivíduo mudasse de personalidade. A idade também é um diferencial: a DFT atinge uma parcela ativa da população, geralmente com idades entre 45 e 65 anos. Por sua vez, o Alzheimer costuma surgir a partir dessa faixa etária.
Especialistas acreditam que a origem da DFT é genética. No cérebro, ocorre um acúmulo anormal de três proteínas: TAU, FUS e TDP-43. Tudo isso é tóxico para os neurônios, que morrem aos poucos, atrofiam e causam os sintomas da doença.
Não existe remédio nem cura para a DFT. Especialistas afirmam que o tempo de vida das pessoas que contraem a doença varia. Em média, os médicos citam de oito a dez anos. Caso a doença esteja associada à Esclerose Lateral Amiotrófica (), o tempo de vida cai para três a cinco anos.
Redação , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste