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Joe Biden comemora queda de Bashar al-Assad, mas alerta para ‘riscos e incertezas’ no cenário político

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez seu primeiro pronunciamento, neste domingo,8, depois da deposição e fuga de Bashar al-Assad da Síria, país que governou por 24 anos. Biden comemorou o fim do regime, mas se mostrou preocupado com o que classificou de momento de “riscos e incertezas”.

“Até que enfim, o regime de Assad acabou”, afirmou Biden. “Este é um momento de riscos e incertezas. Os EUA trabalharão com parceiros e interessados para ajudá-los a aproveitar esta oportunidade.”

Assad deixou o país depois que rebeldes do grupo HTS, liderados por Mohammed al-Golani, tomaram Damasco, hoje.

Segundo a agência de notícias russa Tass, a Rússia concedeu asilo humanitário a Assad e sua família.

Reações internacionais à fuga de Bashar al-Assad

Biden também criticou o apoio que Rússia, Irã e o grupo terrorista Hezbollah deram ao regime de Assad ao longo dos últimos anos. Ele mencionou Austin Tice, jornalista norte-americano sequestrado há 12 anos na Síria, acreditando que ele ainda esteja vivo.

A fuga de Assad provocou reações globais. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou que o país norte-americano não se envolverá no conflito sírio.

Já Israel reafirmou seu compromisso com a segurança das Colinas de Golã, sob seu controle desde 1967.

A França celebrou a queda de Assad. O presidente francês Emmanuel Macron declarou em seu perfil do Twitter/X que o “estado de barbárie caiu”.

“Homenageio o povo sírio, sua coragem e paciência”, completou. “Neste momento de incerteza, desejo-lhe paz, liberdade e unidade.”

Movimentos militares e diplomáticos na região

De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou que Biden está “monitorando de perto os eventos extraordinários na Síria”.

Antes da fuga de Assad, Trump comentou que “Assad se foi”. “Ele fugiu de seu país”, disse. “Sua protetora, Rússia, liderada por Vladimir Putin, não estava mais interessada em protegê-lo.”

As Forças de Defesa de Israel destacaram que não vão intervir nos conflitos internos da Síria, mas protegerão a segurança nas Colinas de Golã. “Não serão toleradas ameaças perto da fronteira israelense”, afirmou o exército israelense, em comunicado.

Complexidade da situação síria

Segundo a TV estatal iraniana, a embaixada do país em Damasco foi invadida por um grupo armado que “agora controla a maior parte da Síria”.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia reiterou que Assad deixou a Síria e deu instruções para uma transição pacífica.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, destacou que o governo de Assad deveria ter aproveitado a pausa nos combates para reconciliar-se com o povo sírio. O Egito apelou para que todas as partes preservem o estado e as instituições nacionais.

Rebeldes celebram fim do regime de Assad

No Brasil, o Itamaraty expressou preocupação com a escalada de hostilidades na Síria, e pediu contenção e respeito ao direito internacional. Enquanto isso, rebeldes sírios celebram em Damasco a queda do ditador sírio.

Fonte: revistaoeste

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