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Influenciadora que esbanjava luxo com dinheiro do ‘jogo do tigrinho’ recebia Bolsa Família, revela delegado

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Via @portalg1 | A Polícia Civil informou que a influenciadora digital Aline Reis recebeu o auxílio Bolsa Família, do Governo Federal, até abril deste ano. Embora ostente uma vida de luxo na internet, Aline é investigada por crimes de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Para a polícia, o dinheiro foi adquirido com os crimes.

“Só em 2024, a Aline Reis recebeu R$ 4,5 mil de Bolsa Família. Isso é para quem tem renda per capita de R$ 200, R$ 250”, disse o delegado Rony Loureiro.

O g1 entrou em contato com a influenciadora pelo endereços de email informados nas redes sociais, mas não obteve um retorno até a última atualização da reportagem. À TV Anhanguera, a defesa disse que as investigações vão comprovar a inocência da cliente e que ela se mantém a disposição das autoridades.

Segundo a polícia, os dados de Aline foram buscados pelo Portal da Transparência do Bolsa Família. Em nota, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, que cuida do Bolsa Família, disse que tem atualizado os cadastros do Cadúnico para avaliar situações de inconsistência de renda, composição familiar e registros divergentes e registros desatualizados.

Para o delegado, quem recebe auxílio social sem necessidade tem que responder criminalmente. “Seja por estelionato, por falsidade ideológica, mas tem que responder”, completou. A suspeita é que Aline tenha recebido Bolsa Família e outros auxílios sociais, como o auxílio emergencial, desde 2020.

Na sexta-feira (6), uma operação da Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Aline, em Cristalina, na Região do Entorno do Distrito Federal. Ela teve R$ 600 mil em bens bloqueados pela Justiça.

Outras suspeitas

Além de Aline, outras duas influenciadoras foram alvo da mesma operação: Carol de Souza e Tawane Alexandra. As investigações apontam que todas usavam a presença digital para enganar seguidores e participar de atividades de jogos de azar ilegais. Elas também são suspeitas de lavar dinheiro para esconder a origem criminosa do dinheiro e dos bens.

“Após as investigações, ficou bastante evidente que elas praticavam estelionato, exploração de jogos de azar e provável lavagem de capitais, tendo em vista os ganhos, a ostentação nas redes sociais”, declarou o delegado.

g1 entrou em contato com as influenciadoras Carol, pelo endereço de email informado nas redes sociais, e Tawane, por mensagem no Instagram para um posicionamento, mas não obteve resposta até a última atualização da reportagem. A advogada de Carol e Tawane, que também cuida da defesa de Aline, disse à TV Anhanguera que todas são inocentes.

Influenciadora que ostentava vida de luxo com dinheiro de ‘tigrinho’ recebia Bolsa Família

Mandados de busca e apreensão contra Carol foram cumpridos em São José dos Campos, São Paulo. Ela teve R$ 7,7 milhões em bens bloqueados. Já os mandados contra Tawane foram cumpridos em Luziânia, também no Entorno do DF. A jovem teve R$ 800 mil em bens bloqueados.

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Tawane Alexandra, Carol de Souza e Aline Reis são alvo de operação que investiga crimes de exploração de jogos de azar — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo a polícia, as três influenciadoras atuavam em Luziânia, mas duas estavam fora da cidade. O delegado explica que os crimes investigados afetam a integridade financeira e emocional dos cidadãos.

“Eram carros importados, eram viagens ao exterior, aquisições de imóveis. Tudo isso chamou a atenção da polícia e evidenciou que elas estavam absolutamente envolvidas, incitando e incentivando as pessoas com simulações de jogos de ganhos, como o ‘jogo do tigrinho’, em que os ganhos eram expressivos”, completou.

As investigações ainda estão em andamento com objetivo de identificar outros envolvidos e qual é o tamanho do prejuízo causado.

De acordo com a polícia, crimes de estelionato têm pena de reclusão de 1 a 5 anos; exploração de jogos de azar, detenção de três meses a 1 ano ou multa; e lavagem de dinheiro tem pena de reclusão de 3 a 10 anos.

Por Larissa Feitosa
Fonte: @portalg1

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