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Cubano falece em protesto contra ditadura: o que se sabe até agora

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Subiu para quatro o número de cubanos mortos na prisão, depois de serem detidos nos protestos de 11 de julho de 2021. O Observatório dos Direitos Humanos (OCDH) informou que o caso mais recente é o de Manuel de Jesús Guillén Esplugas, ativista de 29 anos.

Guillén Esplugas morreu em 30 de novembro deste ano, depois de ser espancado na prisão Combinado del Este, em Havana. Ele cumpria uma pena de seis anos por “sabotagem”. Depois do ocorrido, os guardas penitenciários comunicaram aos parentes que o ativista havia cometido suicídio.

Alejandro González Raga, diretor executivo do OCDH e ex-preso político, afirmou ao jornal Infobae que “a situação dos presos políticos é crítica, em meio a tanta injustiça e tratamento cruel”. Ele destacou também a indiferença internacional em relação a esses crimes. “É inadmissível que estes crimes sejam cometidos face à indiferença internacional”, afirmou.

Raga destacou que muitos presos enfrentam condições precárias de saúde. Além de Guillén Esplugas, o OCDH registrou outros casos recentes. Luis Barrios Díaz, de 37 anos, morreu em 19 de novembro de 2023 por complicações respiratórias. Condenado a nove anos em janeiro de 2022 por participar das manifestações, foi acusado de “desordem pública” e “atentado”.

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Barrios mostrou sintomas preocupantes desde agosto e foi internado na enfermaria da prisão 1580, em San Miguel del Padrón, antes de ser levado ao Hospital La Covadonga, em Havana. Mesmo com avisos médicos, as autoridades o levaram novamente à prisão.

O caso de Yosandri Mulet Almarales, de 37 anos, também foi mencionado. Ele morreu em 26 de agosto de 2024, no Hospital Julio Trigo, em Havana, depois de tentar suicídio. Mulet Almarales cumpria pena de dez anos por sua participação nos protestos de julho de 2021 em La Güinera, Havana.

Cubanos sofrem em prisões locais

Ele sofria de transtornos mentais e, em junho de 2022, já havia tentado suicídio no Presídio Combinado del Este, mas não recebeu licença extrapenal. Gerardo Díaz Alonso, de 35 anos, foi outro manifestante a falecer. Ele morreu em 17 de outubro de 2024, depois de sofrer um ataque cardíaco enquanto cumpria uma sentença de 14 anos por sua participação nas manifestações em Cárdenas, Matanzas.

Díaz Alonso estava detido na prisão de alta segurança de Canaleta, em Ciego de Ávila, e era pai de dois filhos. O OCDH concluiu que “o regime cubano está destruindo as vidas de presos políticos e de consciência. Além das penas injustas, nas prisões, eles são submetidos a condições desumanas, especialmente de saúde e alimentação”.

Com 89% da população vivendo na pobreza extrema, as condições dos detentos são ainda mais alarmantes.

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Fonte: revistaoeste

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