Após quase dois anos fechada para reformas, a Casa das Rosas, em São Paulo, reabriu suas portas para visitação em outubro de 2023. A instituição, que funciona em um dos últimos casarões preservados na Avenida Paulista, atualizou sua programação cultural e agora, além do foco em literatura, também oferece eventos em diálogo com outras expressões e linguagens artísticas.
O charmoso casarão em estilo clássico foi erguido em meados dos anos 1930 e batizado de Mansão das Rosas. A casa com trinta cômodos, edícula e jardins foi projetada pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, responsável por outros importantes edifícios históricos da capital paulista, como a reforma da Pinacoteca do Estado e o Teatro Municipal.
Nesta construção, da época em que a elite cafeeira ainda residia na Avenida Paulista, viveram os herdeiros do próprio arquiteto Ramos de Azevedo até meados dos anos 1980, quando o imóvel foi tombado como patrimônio do Estado. O local reabriu como espaço cultural em 1995 e, em 2004, passou a abrigar o acervo de 35 mil volumes da biblioteca do poeta e escritor Haroldo de Campos.
Por este motivo, o lugar foi batizado de Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, indicando a vocação da casa para a promoção e formação do campo literário. Por lá acontecem cursos, oficinas de criação e crítica literária, palestras, ciclos de debates, lançamentos de livros, saraus, peças de teatro, exposições ligadas à literatura, entre outros.
Reforma ressalta aspectos originais do casarão
As obras de restauro da Casa das Rosas focaram na reparação da estrutura física da casa, melhorias nos sistemas elétrico e hidráulico e na preservação de adornos e detalhes originais do imóvel. O investimento de R$ 4,2 milhões, custeados pelo Governo do Estado de São Paulo e com recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça, permitiu que novos espaços da residência fossem abertos para visitação, como a copa da casa e a sala de lanche, além do restauro do quarto do casal e dos banheiros com azulejos coloridos.
A instituição também ampliou os recursos de acessibilidade com a instalação de piso tátil, corrimãos duplos, placas com inscrições em Braille e a adequação do banheiro no térreo e do elevador para pessoas com mobilidade reduzida – agora o elevador também dá acesso ao subsolo da Casa onde fica o acervo de Haroldo de Campos. Uma nova rampa de acesso ao museu, projetada em harmonia com a arquitetura do local, também foi instalada ao lado da entrada principal.
Na parte externa, o museu conserva um belo jardim com muitas roseiras, pergolados e, na parte de trás, há uma unidade do Caffè Ristoro, ideal para um café da tarde nas mesas que ficam espalhadas no pátio – prefira ir durante a semana para não ter que aguardar tanto por uma mesa.
Como visitar a Casa das Rosas em São Paulo
A Casa das Rosas funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. O jardim funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. A entrada é gratuita e a programação de eventos está disponível na agenda virtual da instituição.
A casa-museu fica em plena Avenida Paulista, situada logo em frente à Japan House, ao lado do Sesc Paulista, próxima do Itaú Cultural e também da estação Brigadeiro do metrô. Existe uma série de linhas de ônibus disponíveis até lá e o local também tem um convênio com o estacionamento Parkimetro, na Alameda Santos, nº 74.
Na Casa das Rosas é permitido fotografar em todos os ambientes, mas não dá para entrar com alimentos. Além de elevador e rampa de acesso, o lugar também conta com banheiro com fraldário. No jardim é permitido levar animais, desde que presos à coleira e, se necessário, com focinheira.
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Fonte: viagemeturismo