A atleta de boxe taiwanesa , campeã nos Jogos Olímpicos de em 2024, retirou-se de uma competição internacional no .
Sua elegibilidade de gênero foi questionada pela organização. Em teste cromossômico anterior, ela apresentou cromossomos XY, definidores do sexo masculino.
As autoridades esportivas de Taiwan divulgaram essa decisão em um comunicado nesta quarta-feira, 27.
O evento, realizado na cidade inglesa de Sheffield, seria o primeiro torneio internacional de Lin depois da vitória em Paris. A competição é organizada pela World Boxing, entidade criada em 2023 que reúne 55 países membros e inclui Taiwan.
A World Boxing questionou a elegibilidade de Lin. Por outro lado, a Administração de Esportes de Taiwan afirmou que ela é uma mulher, cumpre os critérios necessários e conquistou a medalha de ouro de forma legítima. No entanto, a entidade reconheceu que a recente criação da World Boxing resultou em lacunas regulatórias.
Além disso, o comunicado destacou que a organização ainda não implementou as diretrizes do Comitê Olímpico Internacional (COI) que protegem os direitos dos atletas. Por fim, afirmou que o comitê médico da World Boxing não possui processos adequados para garantir a confidencialidade das informações médicas enviadas por Taiwan.
A campeã olímpica de boxe se dispôs a realizar exame médico
Lin se dispôs a realizar um exame médico completo no Reino Unido. A World Boxing, no entanto, recusou a proposta. Por isso, o treinador da campeã olímpica de boxe e os responsáveis taiwaneses decidiram retirar Lin da competição.
Em março de 2023, Lin e Khelif foram desclassificadas do Mundial de Boxe, organizado pela Federação Internacional de Boxe (IBA). Apesar disso, ambas participaram dos Jogos de Paris. Na final feminina, Lin (assim como Khelif) conquistou a medalha de ouro, e a imprensa local e o presidente Lai Ching-te a celebraram como a “filha de Taiwan”.
Relembre o caso
Lin Yu-ting foi alvo de críticas durante todo o torneio de boxe na atual edição dos Jogos Olímpicos. Com cromossomos XY, que definem o sexo masculino, ela não passou em teste de elegibilidade de gênero no Mundial Feminino organizado pela (IBA).
A representante de Taiwan foi a única atleta intersexual e que não passou no teste de gênero do IBA a sair de Paris com ouro. A consagração dela ocorreu um dia depois de Imane Khelif, da Argélia, , de até 66 kg.
Fonte: revistaoeste