Sasha Zimmer é uma daquelas artistas que desafiam rótulos. Drag Queen, DJ, cantora, compositora e comunicadora, ela construiu sua identidade ao abraçar diferentes estilos musicais, como funk, trap e pop, e ao narrar histórias de amor, superação e autoconhecimento. Revelada no reality “Academia de Drags 2”, sua trajetória é marcada por conquistas, como dançar ao lado dos bailarinos da sua ídola Beyoncé e lançar o álbum “Aquariana”, que expressa sua evolução pessoal e artística.
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O POPline conversou com Sasha Zimmer para descobrir mais sobre sua trajetória, identidade musical e o significado por trás de suas composições. No bate-papo, a artista compartilhou memórias de sua jornada, as inspirações que moldaram seu trabalho e como o feedback dos fãs influencia sua criação.
Com um repertório que combina empoderamento e inovação, Sasha não se limita a tendências e aposta no novo para se conectar com o público. Confira a entrevista e mergulhe no universo dessa aquariana nata!
POPline: Sasha, como você começou sua carreira musical e quais foram as principais influências que moldaram o seu som?
Sasha Zimmer: A música sempre esteve presente em minha vida, mas foi no ano de 2016 que dei início a carreira musical, após ganhar o reality show “Academia de Drags 2” apresentado pela Silvetty Montilla. Eu morava no Rio de Janeiro e funk era uma vertente que eu consumia muito, então bebi da fonte artística de Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna e segui meu instinto musical diante dali, além das sonoridades que estavam em alta naquele momento.
Qual foi o momento mais marcante da sua trajetória até agora? Algum show, música ou experiência que tenha te transformado como artista?
Certamente, ter dançado com os bailarinos oficiais da Beyoncé, os “Les Twins”” no programa do Marcos Mion. Cada passo na carreira é muito importante, desde uma participação num programa ou reality, assim como um lançamento musical. Meu ábum “Aquariana” retrata exatamente esse sentimento.
Como você definiria a sua identidade musical e o que te diferencia no cenário atual?
Nossa, desde que iniciei minha carreira, eu percorri muitos gêneros, nunca me limitei artisticamente e sempre gostei das possibilidades que a música podia oferecer. Embora existam elementos do funk, trap, pop, eu acho que atualmente minha sonoridade é muito particular e a frente do que costumamos ouvir. Então, pode soar como uma sonoridade diferente. Mas eu acredito que como sou DJ, a minha função é exatamente essa, apresentar o novo.
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O que você mais gosta em ser uma artista e ter a oportunidade de expressar suas emoções e histórias por meio da música?
O bacana de fazer música é exatamente o fato de poder contar histórias, ali, nunca saberemos o que é real ou fictício. Eu amo compor, produzir e transformar tudo isso em visual, sou apaixonada. Embora atualmente isso tenha saído um pouco do gosto das pessoas, eu sou um artista pop raíz, tem que ter clipe, dança, contexto.
Sabemos que você se conecta muito com o seu público nas redes sociais. Como esse diálogo com os fãs influencia o seu processo criativo?
Eu gosto muito de ouvir o feedback de quem consome minha arte, seja ela qual for. Entendo que meu público é muito misto, tanto na sonoridade como na idade. Tento agradar a todos de uma certa forma, mas fazendo com que eles entendam que o que eu canto e produzo, se trata do modo de como eu estou me sentindo naquele momento ou na vida. Muito do que eu canto, é mais para que as pessoas entendam o seu valor, seu significado e que seja algo leve, que elas possam compartilhar e se divertir.
“LIXO”, single do álbum “Aquariana”, traz uma mensagem forte de libertação e empoderamento. O que essa música representa para você em termos de evolução pessoal e artística?
Sem dúvidas é a minha música mais madura. Marca uma nova era que está por vir. “Lixo” fala sobre o amor que tanto buscamos, mas principalmente do amor que a gente esquece de ter, o amor próprio. Entender que na vida temos uma prateleira e temos que saber onde colocar cada pessoa. No visual quis mostrar exatamente isso, não quis colocar um modelo, porque queria que a mensagem fosse direta e objetiva. Eu amei, eu sofri, me reergui e segui minha vida, mas não tenho que agradecer a quem me feriu e me fez amadurecer. Tenho que olhar pra mim, enfrentar a minha vida e seguir por mim e não por alguém.
Quais foram os desafios e as recompensas de trabalhar em uma faixa com um tema tão emocionalmente denso como “LIXO”?
Guardar essa faixa por 14 meses foi complicado demais, mas entendi que o momento dela era agora, eu precisava compartilhar esse amadurecimento, falar das minhas raízes e mostrar o lado aquariano que muitos julgam. Não é que temos um “coração de gelo”, é que a gente sabe o nosso real valor e se quem está com a gente, não compreende isso, é uma pena. O amor é prático, nos mínimos detalhes você sabe se isso valerá ou não a pena.
O que mais podemos esperar de você nos próximos meses? Algum novo projeto que gostaria de compartilhar com a gente?
Em primeira mão? Bom, ainda teremos uma versão nova de “Lixo” e também as faixas “Culpa da Marília” que é um trapnejo e “Aquariana Nata”. Estamos em turnê, mas em 2025 teremos muitas novidades. Além de cantora, sou DJ e comunicadora, então podem esperar muitos projetos bacanas de pop, funk e pagode!
Fonte: portalpopline