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Cinema

Gravação de Coroa Branca: longa mato-grossense com elenco talentoso e diverso explora desafios da escala 6×1

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Já começaram, desde o início de novembro, as gravações do longa-metragem mato-grossense “Coroa Branca”. O filme, é o segundo longa produzido pela Latidude Filmes e tem como cenário a capital, Cuiabá.

O elenco reúne nomes conhecidos no mundo do cinema e do audiovisual. Max, interpretado pelo ator carioca Alex Brasil, Mel, interpretada pela atriz cuiabana Juliana Capilé e Carol, interpretada pela atriz também cuiabana, Millena Machado formam os três personagens principais. Mas outros nomes como o ator acreano Gabriel Knoxx, a atriz cearense Débora Ingrid, e o ator cuiabano Everaldo Pontes também fazem parte do talentoso time.

Com direção de Ângela Coradini e Felippy Damian, a produção executiva de Gisela Luiza Magri, Rafaela Lerer e Duflair Magri Barradas, e patrocínio do FSA/BRDE, por meio do edital de novos realizadores de 2022, a produção irá retratar temas importantes da atualidade como a necessidade de ascensão, a dura jornada de trabalho e a saúde mental.

O filme com previsão de lançamento para 2025, tem direção de Fotografia de Duflair Magri Barradas, e direção de arte de Rapahel Henrique, embalado por uma trilha sonora de Sankirtana Dharma e Vinícius Alves, vai fazer o público se identificar, se emocionar e sofrer junto com os personagens.

Para Juliana Capilé, o fato de ser gravado em Cuiabá é uma grande satisfação:

“Como cuiabana, para mim é super importante, fazer parte de um longa filmado aqui em Cuiabá. É uma honra e um enorme orgulho trabalhar em uma produção tão refinada, com pessoas tão competentes em suas funções. Esta sendo uma aventura, as gravações estão bem intensas, acho que vai ser um grande filme”, contou a atriz, que já havia interpretado a mesma personagem em uma curta dos mesmos diretores.

“O filme toca em muitas feridas da nossa sociedade, com foco em algumas mazelas regionais, mas que faz parte do Brasil como um todo. Como ator, poder dar vida a um ser humano, com inúmeras camadas como o “MAX”, meu personagem, é uma felicidade enorme. MAX, representa muito o que é ser brasileiro. Um cara, que precisa abraçar o mundo para poder ter uma vida digna. A resiliência dele, a força, toda luta, não medindo esforços, lhe cobra um preço. Como acontece com muitos “ MAXs” mundo afora. O filme vai ser lindo, potente, vai colocar uma lupa super importante nas feridas e vai levantar inúmeras questões que precisam ser resolvidas pela sociedade. Vai emocionar muito com três histórias belas em suas dores.”, revelou Alex Brasil, ator que já participou de diversas novelas como “Além da ilusão” e “Meu pedacinho de chão”.

Millena Machado, estreiando em um longa pela primeira vez, explica que tem sido uma honra fazer parte do elenco com diretores que admira há tanto tempo:

“Tivemos uma preparação de elenco essencial com Kelly Crifer, que com certeza fez toda diferença no nascimento da personagem que interpreto, Carol, e contracenar com atores tão incríveis como Juliana Capilé, Alex Brasil, Tati Horevich, Luciano Bortoluzzi, Everaldo Pontes e tantos outros é um sonho realizado. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa equipe majoritariamente Cuiabana, e ver o tamanho da produção local é realmente impressionante. O frio na barriga é grande! Espero estar à altura dessa linda criação!”, contou a atriz.

O drama, com duração de 100 minutos, retrata histórias de personagens que estão na luta do dia a dia, enfrentando desafios e obstáculos do cotidiano. Um dos focos da narrativa são justamente as jornadas de trabalho exaustivas, a escala 6×1, que neste exato momento está na pauta real do país.

“Esse filme começou a ser feito 9 anos atrás, um pouco antes de todas a flexibilizações da reforma trabalhista do Temer e num início da uberização do trabalho. A gente se perguntava, qual era a função dos sonhos numa realidade tão dura? Que tipo de sonhos se pode ter depois de uma escala 12/12h, ou 6/1? Que tipo de vida se pode ter trabalhando 24 horas por dia, 7 dias da semana?”, explicou Fellipy Damian.

O nome do filme faz uma analogia com o pardal de coroa branca, e os vôos que todo indivíduo precisar dar para alcançar aquilo que almeja.

“O filme surgiu de uma teia de questões sobre trabalho, tempo e sonhos. Uma delas era quais as imagens cotidianas do discurso “trabalhe enquanto eles dormem e viverá o que eles só sonham”? O filme traz essa sensação de insustentabilidade. Pardais, aves tão comuns espalhadas pelo mundo todo, pessoas comuns atravessas por um discurso que as coloca em uma servidão com a falta de tempo” relatou Ângela Coradini.

Utilizando como conceito base “O homem é reflexo do meio e da sociedade em que vive”, o filme passa a ideia de identificação, de que existem muitas Mel, Carol e Max por aí, travando suas lutas e celebrando conquistas parecidas.

Na história, os protagonistas passam por um momento de estresse psicológico que os mantêm num estado de torpor sem dormir e descansar, tendo como pano de fundo a periferia Cuiabana, a paisagem urbano e o mercado de trabalho.

O Diretor de Arte, Raphael Henrique conta que a textura da cidade, a patina das paredes e muros, o puído, a arte do grafite e os desgastes dão o tom do filme e o uso da cor será o principal artifício para trazer não só a percepção marginal e a textura urbana às cenas, mas também a sensação de torpor.

“A luz quente âmbar remetem a luz dos postes antigos e as partes abastadas, suburbanas e esquecidas da cidade, deixando tudo mais amarelado, cor essa muito associada no cinema à obsessão, insegurança e a um adoecimento psicológico e por isso é a cor ponto de partida para criar essa ‘Metrópole Cuiabá’. O vermelho entra em pontos específicos, relacionado aquilo que faz nosso coração bater mais forte, trazendo a vivacidade e a paixão pela vida, já os tons verdes preenchem a paleta de cor do filme simbolizando para cada personagem aquilo que os corrompe e testa os limites da sua ética.”, explicou Raphael.

Para Duflair, encarar a Direção de Fotografia de um longa complexo como o “Pardais” tem sido uma grande honra e oportunidade para trazer para a tela uma soma de experiências técnicas, estéticas e narrativas:

“Acredito que essa mistura de backgrounds em minha atuação profissional traz uma visão diferente que colabora com a construção da obra e no resultado final.”, explicou.

Para Gisela Luiza Magri a produção executiva tem sido realizada com olhar diferenciado, de bastante acolhimento, junto de uma equipe técnica formada pelos melhores profissionais de Mato Grosso e atores muito talentosos, tanto nacionais, como regionais:

“Estamos felizes com esse momento e esperamos fazer ótimo longa e consequentemente trazer uma grande realização audiovisual para nós da Latitude Filmes e para nosso estado”, afirmou Gisela.

Coroa Branca acompanha três personagens, que assim como o Pardal de Coroa-branca, que durante a migração pode voar por até 7 dias e noites sem parar para descansar, estão determinados a fazer o que precisa em busca de sua sobrevivência.

Esse propósito os leva ao limite do esforço físico, mental e emocional.

Carol deseja alçar voos maiores e se provar digna de ser sócia do escritório que trabalha como advogada. Max se prepara para levantar voô passando no concurso da Polícia Militar que acredita trazer a estabilidade financeira para a família que está formando. E Mel quer migrar e fazer morada próximo ao mar, mas, antes, vai descobrir que andar em bando é o que nos eleva de verdade.

Fonte: leiagora

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